MP investiga lojas de brinquedos por lavagem de dinheiro do PCC

Lojas de brinquedos infantis em quatro shoppings de São Paulo são alvos de uma operação do Ministério Público de São Paulo (MPSP), Polícia Civil e Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo por suspeita de lavar dinheiro para o PCC.

Seis mandados de busca e apreensão são cumpridos em estabelecimentos comerciais na manhã desta quarta-feira (22/10), sendo dois na capital paulista, um em Guarulhos, na Grande São Paulo, dois em outros locais e outro em Santo André, no ABC Paulista.

No mês passado, a Operação Spare, do Ministério Público de São Paulo (MPSP), da Receita Federal (RF) e da Polícia Militar (PM), revelou nesta quinta-feira (25/9) uma rede de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC), envolvendo cerca de 60 motéis e empresas do setor hoteleiro.

Investigação

As investigações começaram após duas mulheres, que não possuíam ocupação lícita declarada, realizaram movimentações financeiras e investimentos de alto custo para abrir lojas de uma rede de franquias de brinquedos de pelúcia.

As suspeitas do MPSP são de que os estabelecimentos pertencem a familiares de Claudio Marcos de Almeida, chamado de “Django”, um dos principais fornecedores de drogas na Capital, além de armamento pesado para a facção. Ele foi assassinado em uma disputa interna da facção em 2022.

A Justiça também determinou o sequestro e bloqueio de bens e valores no montante de R$ 4,3 milhões para garantir a futura reparação do dano, o pagamento das custas processuais e das penas pecuniárias.

Foram empenhados agentes da Divisão de Capturas, do Departamento de Operações Estratégicas (DOPE), para atender à ocorrência.