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04/10/2019 às 01:00
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Uma operação conjunta do Ministério Público Federal em São Paulo (MPF-SP) e da Polícia Federal investiga vazamentos de resultados de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) ocorridos nos anos de 2010, 2011 e 2012, "inseridos em contexto de obtenção de vantagens ilícitas mútuas entre banqueiro e agentes públicos do alto escalão do governo federal da época", segundo comunicado. A deflagração da operação "Estrela Cadente" ocorreu nesta quinta-feira.
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Segundo informação dos sites do MPF-SP e da PF, a investigação, instaurada a partir de colaboração premiada de Antônio Palocci, apura o fornecimento de informações sigilosas sobre alterações na taxa Selic, por parte da cúpula do Ministério da Fazenda e do Banco Central, em favor de um fundo de investimento administrado pelo BTG Pactual, que, com elas, teria obtido lucros extraordinários de dezenas de milhões de reais. Em 2012, o jornal "O Estado de S. Paulo" publicou em primeira mão uma reportagem com o fundo, que rendeu 400% com a aposta em juros.
De acordo com o BTG, o fundo alvo da operação, o Bintang FIM, tinha um único cotista, pessoa física e profissional do mercado financeiro que também era o gestor credenciado junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). "O BTG Pactual exerceu apenas o papel de administrador do referido fundo, não tendo qualquer poder de gestão ou participação do mesmo", informou a instituição. O gestor do fundo era Marcelo Augusto Lustosa de Souza.
Segundo a delação de Palocci, o ex-ministro Guido Mantega teria vazado as informações sobre a Selic para André Esteves, acionista do banco. Na operação, foi cumprido um mandado de busca e apreensão, expedido pela Justiça Federal de São Paulo, no endereço sede do Banco BTG Pactual em São Paulo, para levantamento de novas evidências sobre o caso sob investigação. (EC)
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