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O uso de câmeras corporais nos uniformes dos policiais é apoiado por 88% dos moradores da capital paulista, segundo apontou pesquisa do Datafolha | Rovena Rosa/Agência Brasil
O uso de câmeras corporais nos uniformes dos policiais é apoiado por 88% dos moradores da capital paulista, segundo apontou pesquisa do Datafolha. Oito em cada 10 entrevistados afirmaram que os equipamentos devem ser usados por todos os agentes, sem exceções, e que a medida contribui para impedir ações violentas dos maus profissionais.
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Foram contrários ao uso do equipamento um total de 8% dos entrevistados, e os indiferentes foram de 3%. A pesquisa ouviu 1.090 pessoas nos dias 7 e 8 de março, e a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
De acordo com a pesquisa, as câmeras corporais recebem apoio da maioria de vários segmentos da sociedade: brancos, pardos e pretos; ricos e pobres; homens e mulheres; bolsonaristas e petistas. As margens de erro variam para cada um desses grupos, mas nenhum deles registrou menos de 79% de respostas favoráveis às câmeras.
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No estado de São Paulo, há 10.125 câmeras instaladas nas fardas de policiais militares, o que corresponde a cerca de 12% de todos os profissionais da ativa. Os dados mais recentes divulgados pela SSP (Secretaria de Segurança Pública), de agosto do ano passado, mostram que os equipamentos estavam distribuídos em cerca de metade dos batalhões do Estado.
Segundo a pesquisa, 81% dos moradores da capital dizem que os equipamentos devem ser usados por todos, e 7% dizem que o programa deveria ser ampliado mas, não para todos os policiais. Outros 7% respondem que nenhum policial deveria usar câmeras corporais, e 4% acham que o programa deveria ser mantido com o número atual de equipamentos.
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As perguntas da pesquisa não diferenciam policiais militares, civis e técnico-científicos. Hoje, apenas os PMs usam a tecnologia.
Sob o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), o número de câmeras corporais ficou estagnado e o contrato do programa foi renovado apenas até junho deste ano. Houve redução no orçamento e a descontinuidade de um estudo que apontou a melhora no desempenho dos batalhões que usam o equipamento.
O governador deu declarações opostas sobre o tema: em dezembro, afirmou que as câmeras corporais não têm nenhuma efetividade para a segurança dos cidadãos, contudo, pouco tempo depois disse que a política poderia até ser ampliada.
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Em meio ao debate, o número de pessoas mortas por policiais militares em serviço no Estado teve aumento de 38% no ano passado (o primeiro de Tarcísio), em relação a 2022, quando São Paulo foi governado pelos então tucanos João Doria e Rodrigo Garcia.
Para 82% dos entrevistados pelo Datafolha, o uso das câmeras nas fardas contribuiria muito para impedir a ação violenta de maus policiais, enquanto para outros 11% acham que contribuiria um pouco. Um total de 88% disse acreditar que o uso dos equipamentos pode ter alguma contribuição para diminuir a violência de forma geral e 85% que pode diminuir a morte dos próprios policiais.
Uma análise da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública publicada em 2023 mostrou que os batalhões com câmeras corporais tiveram redução de 76% no número de mortes provocadas por policiais em serviço em quatro anos.
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Além disso, em 2022 as mortes de policiais em serviço caíram ao nível mais baixo já registrado, o que também coincidiu com a adoção da tecnologia.
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