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Cotidiano

Netanyahu retira pedido de imunidade e é indiciado por corrupção

Em novembro, o premiê israelense foi indiciado por fraude, abuso de poder e quebra de confiança em três casos

28/01/2020 às 16:33

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Netanyahu disse que não vai renunciar e chama a acusação de 'tentativa de golpe' e de 'caça às bruxas'

Netanyahu disse que não vai renunciar e chama a acusação de 'tentativa de golpe' e de 'caça às bruxas' | Amos Ben Gershom/GPO

O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, retirou nesta terça-feira (28) um pedido de imunidade que havia feito ao Parlamento israelense. O gesto abre caminho para que ele seja julgado por denúncias de corrupção.

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Em novembro, Netanyahu foi indiciado por fraude, abuso de poder e quebra de confiança em três casos. Em janeiro, ele pediu ao Parlamento que lhe desse imunidade até as eleições de 2 de março.

A retirada do pedido de imunidade foi feita uma hora antes do início da sessão marcada pelo Legislativo para debater o assunto. "Mais tarde, desmentirei as acusações ridículas contra mim. Não deixarei que meus adversários políticos usem isso [os casos de corrupção] para desviar o foco do processo histórico que estou liderando", disse o premiê, que está em Washington.

Nesta terça, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciará um plano de paz para Israel e Palestina. No entanto, os palestinos não participarão do anúncio e disseram rejeitar a proposta antes mesmo de sua formalização.

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Horas após o anúncio da retirada, Netanyahu foi indiciado formalmente pela Procuradoria. Ele é acusado de aceitar US$ 264 mil em presentes de empresários em troca de facilitar regulações e de oferecer favores em troca de cobertura positiva em um site de notícias, entre outros casos. Se condenado, pode pegar até dez anos de prisão.

O processo contra Netanyahu entra agora na etapa de audiências com testemunhas, que pode levar meses ou anos, dependendo de manobras que o premiê tome para adiar o processo, como alegar que não pode comparecer às sessões por ter outros compromissos no governo. Não há prazo definido para a sentença.

É a primeira vez que um premiê israelense é processado no exercício do cargo. Como primeiro-ministro, Netanyahu não tem obrigação legal de se demitir por estar sendo investigado. As leis israelenses não preveem regras para processar um líder do governo, e várias questões sobre o processo podem chegar à Suprema Corte.

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Netanyahu disse que não vai renunciar e chama a acusação de "tentativa de golpe" e de "caça às bruxas".

No cargo desde 2009, Netanyahu, também exerceu a função entre 1996 e 1999. Na última década, ele dominou a política israelense e foi o principal responsável pela virada à direita do governo do país.

O premiê venceu duas eleições no ano passado, mas não conseguiu votos nem apoio suficientes para formar governo. Com isso, Israel terá a terceira votação seguida em março.

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