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Juliana Marins morreu durante uma trilha em um vulcão na Indonésia | Reprodução/Instagram
Um novo laudo feito pela Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou que a publicitária Juliana Marins, de 26 anos, morreu por múltiplos traumas causados pela queda. Os peritos estimam que Juliana sobreviveu no máximo 15 minutos após o acidente.
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Elaborado com base no exame cadavérico, o laudo concluiu que a causa imediata foi hemorragia interna provocada por lesões poliviscerais e politraumatismo, compatíveis com impacto de alta energia cinética.
A estimativa exata da data da morte foi considerada prejudicada devido às condições em que o corpo chegou ao IML, já embalsamado.
Apesar de indicar que os ferimentos seriam letais a curto prazo, os peritos não descartam a possibilidade de um período de sofrimento físico e mental antes da morte efetiva.
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A perícia também indicou não ser possível afirmar com segurança se houve outras quedas, mas confirma que os ferimentos são compatíveis com um único impacto de grande intensidade, que comprometeu órgãos vitais e estruturas como crânio, tórax, abdome, pelve, membros e coluna.
Em audiência na tarde desta terça-feira (1º/7) a AGU informou que cumpriria voluntariamente o pedido de nova autópsia no corpo de Juliana.
A Defensoria Pública da União (DPU) e o governo estadual do Rio de Janeiro fizeram um acordo que prevê nova autópsia no corpo da brasileira Juliana Marins pelo IML Afrânio Peixoto, no Rio de Janeiro, na manhã da quarta-feira (2/7).
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Segundo a Defensoria Pública da União, o exame necroscópico deve ser realizado em até seis horas após o desembarque, para preservar eventuais evidências sobre as circunstâncias da morte.
A família da publicitária havia entrado com um pedido na Justiça Federal para ser realizada uma autópsia no corpo da jovem no Brasil.
O laudo da autópsia feita na Indonésia indica que Juliana sofreu um trauma contundente que causou hemorragia interna e danos a órgãos vitais.
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A estimativa é de que ela tenha morrido cerca de 20 minutos após o impacto. O médico legista responsável afirmou ainda que, apesar de uma primeira queda, outras escoriações e fraturas sugerem que ela pode ter sofrido novas quedas no dia seguinte, em razão da inclinação do terreno.
Juliana escorregou e caiu no sábado (21/6) durante uma trilha ao Monte Rinjani. Ela foi encontrada sem vida na terça-feira (24/6) e resgatado na quarta-feira (25/6), após uma operação de busca e resgate que enfrentou dificuldades devido ao mau tempo e ao terreno da região.
Nas redes sociais, brasileiros criticaram a demora da operação de resgate. Familiares afirmaram que houve negligência e que devem recorrer à Justiça.
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Em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, Manoel Marins, pai de Juliana, relatou falhas na condução do resgate.
Segundo ele, a filha teria sido deixada sozinha pelo guia turístico durante a madrugada, por um período de cerca de 30 minutos. Nesse intervalo, Juliana teria caído do penhasco.
A brigada de socorro do parque só teria sido acionada horas depois, e a equipe da Basarnas, agência oficial de busca e resgate da Indonésia, chegou ao local somente às 19h do mesmo dia.
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Juliana teria sido localizada sem vida somente na manhã de segunda-feira (23/6), por meio de um drone.
Manoel responsabiliza o guia, a empresa de turismo e a administração do parque pela morte da filha. Ele critica a falta de preparo da equipe e afirma que o passeio foi vendido como uma trilha fácil, sem apresentar os riscos reais.
“O maior culpado é o coordenador do parque, que demorou a acionar o resgate especializado”, afirmou.
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O pai ainda destacou que nenhum dos envolvidos reconheceu falhas ou pediu desculpas à família. Segundo ele, o próprio guia admitiu não possuir certificação. “Eles não se sentem culpados em nenhum momento”, concluiu.
Após impasse sobre como o corpo da brasileira seria repatriado, o presidente Lula afirmou na quinta (26/6) que determinou ao Itamaraty que ofereça total apoio à família, incluindo o traslado do corpo ao Brasil.
Antes disso, o jogador Alexandre Pato havia se prontificado a custear o traslado.
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