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Cotidiano

Novo relatório revela que ultraprocessados dominam os supermercados

Ministério da Saúde divulgou os dois primeiros relatórios do projeto 'Monitoramento da rotulagem de alimentos no Brasil'

Monise Souza

05/11/2025 às 03:00

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Levantamento mostra que 62% dos produtos são ultraprocessados, enquanto apenas 18,4% são in natura

Levantamento mostra que 62% dos produtos são ultraprocessados, enquanto apenas 18,4% são in natura | Rubens Cavallari/Folhapress

O Ministério da Saúde divulgou na última quinta-feira (28/10) os dois primeiros relatórios do projeto “Monitoramento da rotulagem de alimentos no Brasil”, iniciativa que acompanha o perfil nutricional e a rotulagem de produtos comercializados no País.

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O primeiro relatório analisou 39 mil alimentos e bebidas embalados lançados entre novembro de 2020 e novembro de 2024.

O levantamento mostra que 62% dos produtos são ultraprocessados, enquanto apenas 18,4% são in natura ou minimamente processados.

Divulgação foi feita em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da USP (Nupens/USP). A análise conduzida pela USP, teve base em dados da plataforma Global New Products Database (Mintel), que reúne informações de lançamentos em supermercados, lojas e indústrias de todas as regiões do país.

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De acordo com a pesquisadora Ana Paula Bortoletto, o estudo considerou novas formulações, sabores, tamanhos e embalagens, e seguiu os critérios da classificação Nova, utilizada pelo Guia Alimentar para a População Brasileira.

A coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Kelly Alves, destacou que os relatórios reforçam o compromisso do governo com o direito à alimentação adequada e com a melhoria das políticas públicas de rotulagem nutricional, previstas na Política Nacional de Alimentação e Nutrição.

Gorduras trans

O segundo relatório do projeto, também elaborado pelo Nupens/USP, avaliou a presença de gorduras trans e seus substitutos nos rótulos de mais de 60 mil alimentos e bebidas lançados entre janeiro de 2018 e fevereiro de 2025.

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Os resultados indicam redução da presença de gordura trans, mas ainda apontam declarações desse ingrediente em alguns produtos, reforçando a necessidade de aperfeiçoar o monitoramento da legislação.

Além disso, um estudo analítico-laboratorial conduzido pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em parceria com a Anvisa, analisou 113 amostras de óleos vegetais refinados e 200 alimentos processados. Nenhuma amostra apresentou teores detectáveis de gorduras trans, demonstrando efetividade das medidas de restrição adotadas pela agência.

A consultora da Opas, Luisete Bandeira, destacou que o Brasil é um dos países das Américas que mais avançou na eliminação das gorduras trans, fortalecendo a proteção ao direito à alimentação adequada e à saúde da população. Já a gerente-geral de Alimentos da Anvisa, Patrícia Castilho, ressaltou que o monitoramento contínuo é essencial para avaliar os resultados regulatórios e ajustar estratégias futuras.

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Próximos passos e novas regras

O projeto “Monitoramento da rotulagem de alimentos no Brasil” prevê a publicação de mais quatro relatórios até agosto de 2026, que irão aprofundar a análise sobre ingredientes críticos, informações nutricionais e impacto das normas de rotulagem frontal.

Desde outubro de 2024, produtos que atendem aos critérios da Resolução RDC nº 429/2020 devem exibir rotulagem nutricional frontal obrigatória, com alertas visíveis sobre altos teores de açúcar, gordura saturada e sódio.

Segundo o Ministério da Saúde, acompanhar e avaliar essas políticas é essencial para garantir transparência ao consumidor e aperfeiçoar as estratégias públicas de alimentação saudável no País.

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