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Cotidiano

Nuvem do tamanho de 40 luas cheias é detectada perto da Terra, revela estudo

Massa é aproximadamente 3,4 mil vezes mais pesada que a do Sol

Yasmin Gomes

30/04/2025 às 21:30

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Até então, acreditava-se que as grandes nuvens moleculares próximas da Terra já estavam todas mapeadas, ao menos em um raio de 1.600 anos-luz do Sol

Até então, acreditava-se que as grandes nuvens moleculares próximas da Terra já estavam todas mapeadas, ao menos em um raio de 1.600 anos-luz do Sol | Jeremy Thomas/Unsplash

A revista norte-americana Nature Astronomy publicou nesta segunda-feira (28/4) um estudo que revela uma enorme nuvem de gás escondida próximo à Terra.

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Batizada de Eos, ela está localizada a cerca de 300 anos-luz do nosso planeta e surpreendeu os pesquisadores pelo tamanho: a massa é aproximadamente 3,4 mil vezes mais pesada que a do Sol e, se fosse visível a olho nu, ocuparia uma área equivalente a 40 luas cheias no céu.

Até então, acreditava-se que as grandes nuvens moleculares próximas da Terra já estavam todas mapeadas, ao menos em um raio de 1.600 anos-luz do Sol.

Segundo Thomas Haworth, astrofísico da Queen Mary University of London e coautor do estudo, a nuvem só foi detectada, pois dessa vez observaram a emissão de luz ultravioleta do hidrogênio presente na nuvem.

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Nuvens moleculares como essa são formadas por gás e poeira, e delas podem nascer estrelas e planetas. Em geral, os cientistas conseguem identificá-las observando o brilho do monóxido de carbono, composto que costuma estar presente nessas formações.

Mas Eos não foi detectada antes porque tem pouco ou nenhum monóxido de carbono, e por isso não emite o tipo de sinal que os telescópios costumam captar.

Um novo jeito de encontrar nuvens de gás

A descoberta foi feita a partir de dados captados pelo espectrógrafo FIMS-SPEAR, instalado em um satélite sul-coreano chamado STSAT-1. O instrumento é capaz de decompor a luz ultravioleta em diferentes comprimentos de onda, como um prisma faz com a luz visível, revelando informações invisíveis a olho nu.

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A professora da Universidade Rutgers e principal autora do estudo, Blakesley Burkhart, explicou:

"Essa é a primeira nuvem molecular descoberta com base na emissão de hidrogênio molecular no ultravioleta extremo. Os dados mostraram o hidrogênio brilhando, como se a nuvem estivesse acesa no escuro".

A cientista destacou que, por estar tão próxima, a Eos oferece um novo caminho para entender melhor como nuvens moleculares se formam, evoluem e dão origem a estrelas e planetas.

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