Entre em nosso grupo
2
Continua depois da publicidade
Os três atos realizados neste ano na Capital pelo Movimento Passe Livre terminaram em confusão | /FERNANDO CABRERA/FOTOARENA/FOLHAPRESS
Após denúncias de abusos e de violência desproporcional da Polícia Militar em protestos do Movimento Passe Livre (MPL) neste ano, a Ouvidoria da Polícia de São Paulo solicitou formalmente que a Corregedoria da PM investigue as denúncias de excesso na atuação de agentes da corporação. Os três atos realizados neste ano na Capital pelo grupo terminaram em confusão.
Continua depois da publicidade
A solicitação da ouvidoria foi realizada no âmbito de um procedimento que já havia sido instaurado para acompanhar relatos de excesso na atuação da polícia em protestos. De acordo com o ouvidor Benedito Mariano, a entrada da Corregedoria no caso representaria um incremento na investigação, já que o órgão possui "expertise" nesse tipo de apuração.
"Está havendo uma crescente quantidade de denúncias de excesso. Por isso, solicitei a atuação do órgão corregedor", disse ao jornal "O Estado de S. Paulo".
Ele destacou a importância do diálogo entre a Polícia Militar e os integrantes do MPL para evitar problemas.
Continua depois da publicidade
"A mediação é o caminho para atos pacíficos, sem depredação. Antes de o ato ser iniciado, tem de ser pactuada a segurança para que não haja também excesso por parte da polícia", disse Mariano. Os protestos têm contado com a figura do mediador, um oficial da PM que se apresenta para tentar intermediar questões como o trajeto do protesto.
Apesar disso, na quinta-feira (16) da semana passada, a Polícia Militar impediu que o ato do MPL deixasse o local de concentração, em frente ao Teatro Municipal, na região central da capital paulista. A passeata programada até a avenida Paulista foi barrada diante da situação do trânsito e de alagamentos na cidade, segundo relatou o mediador ao MPL naquele dia. Os integrantes, então, mantiveram a passeata, que acabou barrada com reforço policial na altura da Praça da República.
Na praça, a PM prendeu três pessoas usando golpes mata-leão e puxando uma das manifestantes pelo cabelo, como mostram imagens do dia. Ao todo, foram detidas dez pessoas sob a suspeita de desacato e lesão corporal. Os agentes usaram bombas e balas de borracha para dispersar o movimento na avenida Ipiranga, o que causou correria por vias adjacentes. Uma agência bancária foi depredada.
Continua depois da publicidade
Questionada sobre o pedido da ouvidoria, a Secretaria da Segurança disse que a Corregedoria da PM acompanha as apurações, mas não forneceu detalhes.
Sobre o protesto da semana passada, a pasta reforçou que a corporação atuou "para garantir o direito à livre expressão e a segurança de todos". "O Comando da área está analisando os vídeos e medidas cabíveis serão tomadas".
*Com informações do Estadão Conteúdo
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade