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Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. | Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), fez uma nova cobrança pela queda da Selic (taxa básica de juros) nesta quarta-feira (28) e disse que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, será chamado para dar explicações no plenário da Casa.
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Ao participar de um fórum jurídico na Faculdade de Direito de Lisboa, Pacheco afirmou que está previsto na lei da autonomia do BC que, a cada semestre, o presidente do órgão deve expor ao Senado as bases da sua política monetária.
"Vamos cumprir fielmente. Além dos convites das comissões, [vamos] chamar Roberto Campos Neto para que possa demonstrar os motivos pelos quais a taxa de juros ainda está 13,75%, considerando todos os fatores econômicos e financeiros propícios para a redução", disse.
Na terça (27), a CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado aprovou um convite para que Campos Neto preste explicações, depois de um dos requerimentos ter sido apresentado pelo líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
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O Senado vem sendo incentivado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a cobrar a autoridade monetária em meio aos temores de que o patamar da Selic (taxa básica de juros) sufoque a atividade econômica.
Durante o evento em Lisboa, o presidente da Casa mencionou a inflação em queda, o resultado da balança comercial e o câmbio como fatores positivos, que permitiram um corte na Selic já em agosto.
"Não tenho dúvida do desejo do presidente Roberto Campos Neto da redução das taxas de juros, mas é muito importante nessa missão pública fiel ao cumprimento do artigo 11 da lei complementar 179, que já comecemos o segundo semestre com esse propósito da redução da taxa básica no Brasil", afirmou.
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Na ata da última reunião do Banco Central, divulgada nesta terça (27), consta que a decisão de se manter a taxa básica de juros em 13,75% ao ano foi aprovada por unanimidade pelo Copom (Comitê de Política Monetária). Houve divergência apenas quanto à sinalização dos próximos passos da instituição.
Para a maioria dos membros, há espaço para início de "processo parcimonioso" de corte de juros em agosto se a inflação continuar caindo. O colegiado, no entanto, alertou que a redução da Selic exige confiança e que uma flexibilização prematura pode reacelerar a inflação do país.
Lula e vários de seus ministros vêm cobrando publicamente de Campos Neto a redução dos juros. O atual chefe do BC foi indicado pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) e tem mandato até 2024.
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