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Pedro Sánchez, presidente da Espanha, na Cúpula do Clima, em Belém | Bruno Peres/Agência Brasil
O presidente da Espanha, Pedro Sánchez, elogiou o Brasil e criticou os Estados Unidos durante coletiva de imprensa na Cúpula do Clima da COP30, a conferência do clima das Nações Unidas, em Belém, capital do Pará. Para o mandatário europeu, o Brasil é exemplo a ser seguido pelo mundo.
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“A liderança do Brasil não é apenas inspiradora, mas também nos lembra de algo importante, que é de qual lado devemos estar. Do lado da razão, da ciência, e não do negacionismo e, portanto, do engano. Do lado da esperança diante do medo”, afirmou o espanhol.
A Cúpula do Clima antecede a COP30 e reúne chefes de Estado, líderes de governos e representantes de mais de 70 países. Já a COP30 começa oficialmente na próxima segunda (10/11) vai até a sexta-feira (21/11).
Na coletiva, Sánchez destacou ainda os impactos da crise climática na Espanha e defendeu a urgência de implementar ações efetivas para evitar que esses eventos se repitam pelo planeta.
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“Nos últimos 12 meses, vivenciamos inúmeras emergências climáticas: inundações, uma tempestade terrível, incêndios e ondas de calor sem precedentes. Até agora, nesta década, a emergência climática já ceifou mais de 20 mil vidas em nosso país”, lamentou.
O presidente espanhol disse também estar otimista com os resultados que poderão ser alcançados durante a COP30, desde que outros países sigam o caminho do multilateralismo. Nesse momento ele criticou os Estados Unidos, comandado pelo presidente Donald Trump.
“A nova administração dos Estados Unidos está se retirando de grande parte da agenda multilateral. Acredito que, da perspectiva de outras potências, como a União Europeia, o compromisso é firme. Chegamos a um acordo para reduzir nossas emissões de gases de efeito estufa em 90% até 2040 e alcançar a neutralidade climática até 2050”, disse Sánchez.
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“Acredito que o que a Europa precisa fazer é o que a Espanha vem defendendo: abrir-se, criar e construir pontes com outras sociedades, com outros blocos regionais e, com sorte, sob a presidência brasileira, poderemos assinar esse importante acordo entre a União Europeia e o Mercosul”, acrescentou.
Em discurso no Salão do Plenário durante a Cúpula de Belém, nesta quinta-feira (6/11), o presidente Lula criticou o descompromisso mundial com o financiamento climático, defendeu o protagonismo indígena e reafirmou a necessidade do fim dos combustíveis fósseis.
O evento que antecede a COP30 é uma inovação criada pelo governo brasileiro. Nunca havia acontecido uma reunião com os principais chefes de Estado e de governo antes da Conferência das Partes.
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Para Lula, as rivalidades estratégicas e os conflitos armados desviam a atenção e drenam os recursos que deveriam ser usados para combater o aquecimento global.
“Em um cenário de insegurança e desconfiança mútua, interesses egoístas e imediatos preponderam sobre o bem comum de longo prazo”, criticou.
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