Petistas fazem abaixo-assinado contra a chapa Lula-Alckmin

Petistas contrários à indicação do ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido) como vice na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida presidencial, decidiram fazer um abaixo-assinado para formalizar um protesto.

Criado em 30 de dezembro, o manifesto já tinha 547 assinaturas até a tarde desta segunda-feira (10). Feito de forma online, no site Avaaz, o abaixo assinado tem entre os signatários nomes como Rui Falcão e José Genoino - ambos ex-presidentes do PT, além de líderes de outros partidos "de esquerda".

Intitulado de Manifesto Contra a Chapa Lula Alckmin, o documento diz que o ex-tucano "tem uma longa trajetória de combate às posições nacionais, democráticas, populares e desenvolvimentistas". Além disso, acusa Alckmin de ter dado apoio ao "golpe" que fez a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) perder o mandato na presidência em 2016. O texto conta com informações da Folha de S. Paulo.

Criador da iniciativa, Daniel Kenzo, presidente do diretório do PT no bairro paulistano do Butantã diz que "O problema não é dialogar, é fazer um balaio de gatos. O Alckmin tem propostas muito antagônicas aos pontos que historicamente são defendidos por Lula e o PT".

Passadas as festas de final de ano, Daniel diz esperar que as assinaturas aumentem. "Ainda está muito incipiente, tem muita gente de férias. Vamos montar uma força-tarefa a partir da segunda quinzena de janeiro e nacionalizar essa iniciativa, que por enquanto está concentrada mais em São Paulo", afirma.

Procurando endossar a ideia de que Alckmin não adere aos ideais do PT, dirigentes partidários como Valter Pomar, têm divulgado por aplicativo de mensagem um link do site do partido com diversas notícias de posições políticas de Alckmin contrárias à sigla.

Nesta segunda-feira (10), Alckmin demonstrou preocupação com a ideia de revogação da reforma trabalhista defendida pelo PT. Em café da manhã com o presidente nacional do Solidariedade, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (SP), "Paulinho da Força", Alckmin pediu informações sobre a revogação de pontos da reforma trabalhista na Espanha e quis saber a opinião das centrais sindicais sobre o tema.