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Diretor-geral da PF não descartou a possibilidade de ligação do crime organizado com a adulteração | Agência Brasil
A Polícia Federal (PF) abriu uma investigação para apurar a origem do metanol usado para batizar bebidas alcoólicas em cidades paulistas. De acordo com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, é provável que essa rede de distribuição da substância atue também em outros estados.
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No estado de São Paulo houve pelo menos 22 casos de intoxicação, com cinco mortes, sendo apenas uma confirmada como causada por bebida adulterada. A informação foi anunciada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) nesta terça (30/9), e difere do que havia sido divulgado anteriormente, de que seriam três mortes confirmadas.
O crime acontece da seguinte maneira: falsificadores conseguem garrafas de marcas famosas de bebidas alcoólicas, como gin e vodca, e adulteram o conteúdo, acrescentando metanol. O produto, então, é comercializado.
A intoxicação pela substância pode apresentar sinais após várias horas depois do consumo, e podem incluir reações como cólicas violentas e perda de visão.
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O governador anunciou ainda que montou um gabinete de crise para enfrentar a situação.
Anterioremente, as mortes anunciadas foram de um morador de São Bernardo do Campo, de 58 anos; de um outro homem de 54 anos, morador da Capital e; de um terceiro homem, de 45 anos, de origem ainda não informada.
Por enquanto, uma adega na zona sul de São Paulo e três bares da capital paulista, localizados nos Jardins e na Mooca, são investigados. A Polícia Civil de São Paulo apreendeu, nesta segunda-feira (29/9), 117 garrafas de bebidas alcoólicas nesses bares.
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Segundo o portal G1, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, não descartou a possibilidade de ligação do crime organizado com a adulteração de bebidas alcoólicas com metanol,
Os estabelecimentos onde se identificou que havia bebida contaminada vão receber notificação do Ministério da Justiça para descobrir os fornecedores e outros detalhes sobre a bebida supostamente falsificada.
No último sábado (27/9), a Secretaria de Defesa do Consumidor divulgou uma nota técnica para todos os estabelecimentos que vendem bebidas alcoólicas para tomarem cuidado com bebidas que pudessem estar contaminadas, sugerindo atenção a dados como mudanças na embalagem ou rótulos com aspecto diferente.
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Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o Brasil costuma ter 20 casos por ano de intoxicação por metanol. “A partir de setembro, foi quase metade das notificações que costumam ter no ano e concentrado apenas em São Paulo, o que chama atenção", destacou o ministro.
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