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Rafael dos Santos Tercilio Garcia foi enterrado na última terça-feira (26) | Reprodução/Redes sociais
A Polícia Civil confirmou que Rafael Garcia, torcedor do São Paulo, foi morto no último domingo (24) por uma munição da PM chamada "bean bag" durante a festa do título da Copa do Brasil. Ainda nesta quinta-feira (28), a polícia faz uma reconstituição digital da morte, analisando vídeos e imagens quadro a quadro para entender o que aconteceu e tentar descobrir quem foi o responsável pelo disparo contra o torcedor.
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A bala foi encontrada na nuca do torcedor. A perícia também encontrou mais três dessas munições perto do local do confronto.
Sobre as "Bean Bags"
As "bean bags" são munições menos letais do que as balas de borracha. A Polícia Militar de São Paulo começou a usá-las em 2021, após descobrir um problema de fabricação nas balas de borracha que a corporação utilizava.
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Contudo, essas munições precisam ser disparadas a, no mínimo, 6 metros de distância, conforme os protocolos da própria PM. Dessa maneira, a regra foi desobedecida por algum dos PMs presentes no confronto, o que foi fatal para a morte do torcedor.
Outro erro cometido pela PM no confronto, foi o local em que o tiro atingiu Rafael. A munição "Bean Bag" foi projetada para atingir somente os membros inferiores do corpo. Os fabricantes deste tipo de munição alertam que, se atingir a cabeça, pescoço, tórax ou coluna, podem causar lesões irreversíveis e inclusive a morte. Ou seja, a instrução de mira do disparo não foi seguida.
Além disso, as "bean bags" não são polêmicas apenas no Brasil. Na Austrália, a polícia parou de utilizá-las em algumas áreas do país após uma mulher morrer também neste mês de setembro ao ser atingida no peito por uma dessas munições.
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*Assistente de redação, sob supervisão
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