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Para impedir uma ação do Supremo Tribunal Federal, Bolsonaro realizou a cerimônia de posse minutos depois após a nomeação ser publicada
04/05/2020 às 15:34
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Na manhã desta segunda-feira (4), o presidente Jair Bolsonaro deu posse ao novo diretor-geral da Polícia Federal, Rolando Alexandre de Souza, no Palácio do Planalto. | Isac Nóbrega/PR
m uma cerimônia de 20 minutos sem convidados na manhã desta segunda-feira (4), o presidente Jair Bolsonaro deu posse ao novo diretor-geral da Polícia Federal, Rolando Alexandre de Souza, no Palácio do Planalto.
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A cerimônia de posse ocorreu às pressas para evitar uma possível revogação do Supremo Tribunal Federal, já que impediu que Alexandre Ramagem assumisse o cargo. A nomeação ocorreu 30 minutos após a publicação no Diário Oficial da União.
Na cerimônia, estavam presentes sete ministros, dentre eles, André Luiz Mendonça, da Justiça e Segurança Pública.
Rolando Alexandre de Souza é considerado o braço direito de Alexandre Ramagem, que o indicou ao cargo. A nomeação de Rolando é vista por muitos como uma alternativa de manter a influência de Ramagem na Polícia Federal.
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Alexandre Ramagem foi segurança de Bolsonaro durante a campanha eleitoral. Sua nomeação para a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) é atribuída ao filho do presidente, o vereador carioca Carlos Bolsonaro.
De acordo com o jornal “O Estado de São Paulo”, o presidente está em alerta com o avanço do inquérito que pode atingir seus filhos e servidores que atuam no “gabinete do ódio”. Esta investigação já identificou empresários bolsonaristas que estariam financiando ataques contra ministros do Supremo.
Após a rápida cerimônia, o ex-secretário de Planejamento e Gestão da Abin deixou o Palácio do Planalto sem falar com a imprensa. “Assinei o termo de posse. Estou indo lá para a PF”, disse ao ser abordado por repórteres.
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Antes de assumir a secretaria de Planejamento e Gestão da Abin, Rolando estava na Superintendência da Polícia Federal em Alagoas.
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