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Cotidiano

Prédio do Mappin passará por retrofit para virar museu e sede do Sesc no centro de SP

Local contará com espaço de exposição que apresentará a estrutura e a trajetória do Sesc, que neste ano comprou o prédio por R$ 71 milhões

Maria Eduarda Guimarães

02/10/2023 às 09:25  atualizado em 02/10/2023 às 22:27

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Localizado na praça Ramos de Azevedo, em frente ao Theatro Municipal, o imóvel está em uma das áreas do centro cuja degradação se intensificou nos últimos anos

Localizado na praça Ramos de Azevedo, em frente ao Theatro Municipal, o imóvel está em uma das áreas do centro cuja degradação se intensificou nos últimos anos | Divulgação

O edifício conhecido pelos paulistanos como sede da loja de departamentos Mappin, a primeira desse tipo na capital paulista, deverá ser parcialmente reaberto ao público. O local contará com espaço de exposição que apresentará a estrutura e a trajetória do Sesc (Serviço Social do Comércio), que neste ano comprou o prédio por R$ 71 milhões.

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Térreo e primeiro pavimento do edifício João Brícola contarão com recursos eletrônicos interativos para contar a história e os feitos da instituição criada há quase 80 anos por empresários do comércio e que se tornou referência em lazer e cultura na cidade e no estado de São Paulo.

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Ainda não há uma data definida para a inauguração, mas a expectativa é de que ocorra antes da conclusão da reforma de todo o prédio, prevista para 2027.

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"Será um museu do presente e do futuro do Sesc, mas, claro, que também vai ter o aspecto de mostrar a memória", conta o diretor em exercício Luiz Galina.

Projetado pelo arquiteto Elisário Bahiana, o mesmo que desenhou o viaduto do Chá e o Jockey Club de São Paulo, o João Brícola é de 1939. Para a nova função, o edifício passará por um profundo processo de modernização, segundo Galina.

Será mais um retrofit na região central, onde vem crescendo o emprego da técnica de engenharia para recuperar e dar novos usos a prédios degradados. Existem mais de 20 projetos desse tipo em andamento nesta área da cidade.

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Ainda não existe um escritório de arquitetura contratado para a nova instalação do Sesc, mas a direção planeja um piso térreo completamente aberto e integrado aos calçadões do entorno. Um café também está previsto.

Demais áreas do imóvel de 14 andares funcionarão como central administrativa, para onde deverão ser transferidos cerca de 600 dos 800 funcionários hoje instalados na sede ao lado do Sesc Belenzinho, na zona leste da capital.

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A criação de uma sede administrativa do Sesc no local vem recebendo críticas porque daria contribuição modesta aos esforços de revitalização da região central, já que teria movimento apenas em horário comercial, de segunda a sexta-feira.

Localizado na praça Ramos de Azevedo, em frente ao Theatro Municipal, o imóvel está em uma das áreas do centro cuja degradação se intensificou nos últimos anos, sobretudo com o aumento da população de rua, esvaziamento de imóveis e operações na cracolândia que resultaram no espalhamento das cenas de consumo de crack.

Prédios próximos também em estado de abandono fazem parte de propostas debatidas entre prefeitura e governo estadual para a requalificação da região. O antigo Hotel Explanada e o vizinho Cine Marrocos devem ser concedidos à iniciativa privada para a criação de um complexo hoteleiro com centro de eventos.

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Integrante da equipe da prefeitura que trabalha no projeto de requalificação centro, o secretário municipal de Planejamento, Fernando Chucre, afirma que o Sesc deveria utilizar o prédio para finalidade com maior potencial para atrair público, em vez de criar uma sede administrativa com um museu. "Não sei se tem atratividade", comenta.

Galina discorda. "Muitas pessoas procuram a administração central do Sesc para discutir projetos, ideias e programação [de eventos]. É também uma forma de contribuição, de mostrar que o centro de São Paulo merece, sim, voltar a ser sede de grandes empresas e instituições", diz.

Um dos motivos para que o novo prédio não seja convertido em novo centro de lazer e cultura, o que teria maior potencial para atrair público, é a proximidade com o Sesc da rua 24 de Maio, distante 500 metros do local, segundo o diretor.

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A unidade que foi sede de outra emblemática loja de departamentos, a Mesbla, é conhecida pela piscina no topo e chega a atrair cerca de 70 mil frequentadores aos finais de semana.

Novas unidades 

Outras três unidades da instituição estão previstas para a região central da cidade para os próximos anos.

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Na próxima sexta-feira (6), o Sesc dará início às atividades em sua nova unidade na capital paulista. Localizado na Bela Vista, o Sesc 14 Bis vai ocupar nesta primeira fase três pavimentos do edifício que funcionava como sede da Fecomércio SP (federação do comércio). O Teatro Raul Cortez, no mesmo local, também fará parte da estrutura, além do estacionamento.

Para o ano de 2025 está prevista a inauguração do Sesc Parque Dom Pedro II, próximo ao Mercado Municipal de São Paulo. O equipamento, cujo custo é estimado em R$ 200 milhões, ficará no mesmo quarteirão onde havia o edifício São Vito, apelidado Treme-Treme, e do vizinho Mercúrio. Ambos foram demolidos entre 2010 e 2011.

O Sesc também será responsável pela reativação do prédio do TBC (Teatro Brasileiro de Comédia), que fechou as portas em 2008. O local voltará a funcionar como teatro, ainda sem data definida para reabertura.

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