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Gestões municipais alegam que regiões possuem os requisitos para a reabertura gradual
04/06/2020 às 13:24 atualizado em 04/06/2020 às 13:30
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Entre 5 e 11 de abril seguirá suspenso em Santo André o atendimento presencial em estabelecimentos comerciais | Angelo Baima/PSA
Prefeitos de cidades da Grande São Paulo estão se reunindo e pedindo para o governo rever a decisão e migrar as cidades para a fase 2 do plano de flexibilização do Estado. Nesta quarta-feira (3), o consórcio de prefeitos do ABC paulista concluiu que a região possui os requisitos para reabrir parcialmente.
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"Para cada 100 mil habitantes o ABC está disponibilizando 30 leitos de UTI, a norma colocada pelo governo do estado era de 10, temos 3 vezes mais o número de leitos conforme a regra estabelecida. Nessa última semana, nós estamos com nossos leitos de UTI com 57% ocupados, e o limite era de 60", destacou o presidente do comércio e prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão.
A Grande São Paulo integra 39 cidades, que se ligam à Capital por avenidas e ruas. Com a pouca divisão entre as cidades, a determinação do governo estadual é desafiadora, pois a capital paulista está na fase 2 e pode reabrir gradualmente.
Os critérios para estabelecer a classificação de cada região, segundo o governo, são: média da taxa de ocupação de leitos de tratamento intensivo para Covid-19; número de leitos UTI Covid-19 por 100 mil habitantes; e taxas de acréscimo ou decréscimo de casos confirmados, internações e mortes pela doença na comparação com a semana anterior.
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Os requisitos estão distribuídos em quatro fases: fase 1 (vermelha), alerta máximo; fase 2 (laranja), controle; fase 3 (amarela) flexibilização; fase 4 (verde), abertura parcial; fase 5, azul: normal controlado.
A representação da Bacia do Juquery pediu uma integração entre a região e a capital paulista. "Nós não discordamos dos critérios que a equipe de saúde do estado estabeleceu pra isso, só há discordância com relação a essa dissociação por uma razão muito simples, como são cidades dormitórios em Franco da Rocha serão solicitados milhares de trabalhadores todos os dias para poder retomar a atividade comercial na capital", afirmou o prefeito de Franco da Rocha, Francisco Daniel Celeguim Morais.
Já o consórcio da região Oeste acredita na reclassificação da região. "Fora a ajuda do estado, os municípios também estão trabalhando muito para aumentar, para organizar, o sistema de saúde de forma que possa dar a segurança necessária para mudarmos de fase", disse o prefeito de Santana de Parnaíba, Elvis Cesar.
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Em contrapartida, o consórcio do Alto Tietê acredita em uma reclassificação até o dia 15 de junho, pois a região inaugurou mais 61 leitos de UTI nos últimos dias.
A região sudoeste, que integra oito cidades, revelou que aguarda um posicionamento do governo estadual.
GOVERNO DE SP.
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Nesta quarta-feira (3), o governo de São Paulo divulgou um balanço dos leitos de UTI da Grande São Paulo nos últimos dias. Houve abertura de 61 leitos na região este, 47 no ABC, 28 na região norte, 20 na região oeste e outros 5 na região sudeste.
De acordo com o balanço, a taxa de ocupação de leitos caiu de 93% para 85,5% na região. O governo usou dados de 106 hospitais, mesmo com a queda, a região não pode mudar a fase 2 da flexibilização.
"Eu vou rapidamente citar aqui também governador sobre a melhora na taxa de ocupação da região metropolitana de São Paulo. Nós tínhamos na semana passada 93% na taxa de ocupação e nessa semana chegamos em 85,5, são 106 hospitais nessa rede de abastecimento aqui da região metropolitana que diminuem em 7,5 % a ocupação de leitos da semana passada para essa semana agora. A gente percebe o avanço, mas ainda não chegou na fase laranja, se a gente continuar avançando no aumento do número de leitos, a gente pode alcançar a melhora de fase como consequência disso", disse o secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi.
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Vinholi também informou que o Estado deverá ajudar a região metropolitana na abertura de leitos. "De forma muito clara todos querem avançar de fase, todos querem fazer a flexibilização, pelo trabalho, pelo merecimento que eles têm, mas nós aqui do governo do estado temos que trabalhar com a ciência e pontuando quando isso pode ser feito. O que diferencia essas regiões da capital, é a capacidade hospitalar. Ontem para a região norte encaminhamos 20 novos respiradores, vamos continuar fortalecendo", revelou.
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