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Cotidiano

Prefeitura de SP apresenta plano de mobilidade com promessas repetidas

Entre as obras anunciadas está o sistema de ônibus rápido BRT que, na verdade, já havia sido prometido há 10 anos atrás, na gestão Fernando Haddad (PT)

05/11/2021 às 18:42  atualizado em 05/11/2021 às 18:43

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O plano também apresentou obras estão em atraso

O plano também apresentou obras estão em atraso | Victor Sánchez Berruezo/Unsplash

Sem apresentar reais novidades, a Prefeitura de São Paulo e o governo do Estado anunciaram nesta sexta-feira (5) um novo plano de mobilidade para a Cidade no qual incluíram apenas projetos que já estão presentes no plano de metas do município ou que estão atrasados há anos.

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Uma das obras incluídas é a da BRT da Radial Leste, na capital paulista. Se a estimativa mais otimista se confirmar, parte do projeto deverá ficar pronta somente em 2024, mais de 10 anos depois da apresentação do projeto inicial para o corredor de ônibus, ainda na gestão de Fernando Haddad (PT). 

O novo plano, anunciado em evento no Palácio dos Bandeirantes, estabeleceu uma série de projetos que serão bancados por uma parceria entre o governo paulista e a prefeitura. 

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A primeira fase do plano de mobilidade prevê, além da construção do BRT da Radial Leste, a implantação do corredor da avenida Chucri Zaidan, no Brooklin, além da requalificação de cinco corredores e faixas exclusivas de ônibus. O custo de R$ 1,4 milhão será dividido entre a gestão de João Doria (PSDB) e de Ricardo Nunes (MDB) –esse valor não inclui o que será gasto com desapropriações, a cargo da administração municipal. 

Ao apresentar o BRT da Radial Leste, o próprio Nunes foi questionado sobre qual diferença em relação ao que foi proposto ao longo dos últimos sete anos e que não saiu do papel. "A diferença do de agora para o outro é que o de agora vai ser feito", falou. 

Segundo o secretário de Infraestrutura Urbana e Obras, Marcos Monteiro, há, sim, novidades no projeto que promete aumentar a velocidade dos ônibus na Radial. São algumas alterações que baratearam a obra, ele afirma. 

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"Existia uma primeira versão do projeto, de 2014, onde havia um túnel maior, interligado ao terminal Dom Pedro 2º. Ele começou a ser executado, com algumas contenções de terra. Depois, houve uma reavaliação desse em 2018", disse. 

Monteiro também citou outros pontos que foram mudados entre 2014 e 2018. "Algumas das mais importantes são a introdução de ciclovia. O terminal agora está em superfície, não mais enterrado. As passagens eram elevadas e, agora, ao nível da rua", afirmou. "A intenção é que as obras sejam finalizadas até o fim de 2024", completou. 

Outro detalhe é que os ônibus do BRT da Radial Leste serão elétricos. A previsão é de que o trecho 1 da obra, entre a rua general Sousa Neto e o terminal Dom Pedro 2º transporte cerca de 185 mil pessoas por dia. Já o trecho 2, da general Sousa Neto até a estação Artur Alvim, da linha 3-vermelha, 76 mil passageiros ao dia.

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Segundo a própria prefeitura, o corredor ainda não chegou nem à fase de preparação da licitação do projeto. 

Durante o evento, o secretário anunciou que o BRT da avenida Aricanduva deverá ficar pronto também até 2024 –ele não consta nem mesmo da primeira fase do plano. 

A fase atual do plano de mobilidade prevê a requalificação dos corredores Amador Bueno da Veiga, Imirim, Santo Amaro/João Dias, Itapecerica e Interlagos. Corredores de ônibus são tidos como essenciais para a eficiência do sistema de transporte público, mas a última gestão não conseguiu entregar nem os pouco mais de 9 km prometidos assim que Bruno Covas (PSDB) assumiu no lugar de Doria, que deixou o cargo para se tornar governador. 

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Em todas as suas fases, que não foram detalhadas, o plano de mobilidade prevê investimento total de R$ 5,5 bilhões, com 11 novos corredores (95 km), 4 novos terminais e 30 km de requalificação de corredores.
Questionada, a prefeitura afirmou, em nota, que "as demais obras do plano estão em fase de programação, e tão logo suas diretrizes estejam estabelecidas, serão amplamente divulgadas".

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