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Uma nova diretriz validada por três sociedades médicas passa a classificar novos valores como pré-hipertensão | Freepik
A pressão arterial considerada de risco no Brasil mudou. Antes vistos como “normais limítrofes”, os valores entre 12 por 8 e 13,9 por 8,9 agora são motivos de atenção.
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Uma nova diretriz validada por três sociedades médicas passa a classificar estes valores como pré-hipertensão (120-139 mmHg sistólica e/ou 80-89 mmHg diastólica).
O documento foi divulgado nesta quinta-feira (18/9) no 80º Congresso Brasileiro de Cardiologia. Ele foi elaborado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) e pela Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH).
A hipertensão é silenciosa, mas responde pela maioria dos infartos e AVC no Brasil. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Hipertensão, 27,9% dos adultos brasileiros convivem com a doença — e apenas um terço tem a pressão realmente controlada.
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O objetivo da reclassificação é reforçar a prevenção: nessa fase, sem que a hipertensão esteja totalmente instalada, os médicos devem recomendar mudanças no estilo de vida e, dependendo do risco do paciente, podem até receitar o uso de medicamentos.
A mudança vai ao encontro de novas diretrizes internacionais divulgadas no Congresso Europeu de Cardiologia, em 2024. À época, a pressão 12 por 8 passou a ser classificada como "pressão arterial elevada" nos padrões europeus.
Outra mudança foi na meta de tratamento. Até agora, aceitava-se que manter a pressão a partir de 14 por 9 (140/90 mmHg) era suficiente. A nova diretriz endurece a recomendação: o alvo passa a ser abaixo de 13 por 8 (<130/80 mmHg) para todos os hipertensos, independentemente da idade, sexo ou presença de outras doenças.
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Segundo os autores da nova diretriz, o limite mais baixo é fundamental para reduzir riscos de complicações como infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência renal. Nos casos em que o paciente não tolera reduções tão intensas, a orientação é buscar o nível mais baixo possível dentro da segurança clínica.
Outro capítulo inédito do documento traz orientações voltadas à saúde feminina, reconhecendo que há fases de maior vulnerabilidade para a hipertensão. Sendo elas:
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