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Cotidiano

Procon-SP vai multar estabelecimento que descumprir protocolo para mulher

Multas previstas no protocolo variam de 200 a três milhões de UFESPs (unidades fiscais do Estado de São Paulo)

Leonardo Sandre

14/09/2025 às 21:00  atualizado em 14/09/2025 às 21:56

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Apenas 25% dos 131 estabelecimentos fiscalizados no estado de São Paulo estão adequados ao protocolo 'Não se Cale'

Apenas 25% dos 131 estabelecimentos fiscalizados no estado de São Paulo estão adequados ao protocolo 'Não se Cale' | Rovena Rosa/Agência Brasil

Após uma pesquisa da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP) apontar que apenas 25% dos 131 estabelecimentos fiscalizados no estado de São Paulo estão adequados ao protocolo "Não se Cale", que serve como proteção a casos de violência contra a mulher, o órgão vai começar a multar quem não cumprir as medidas da iniciativa. 

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Segundo a diretora de Assuntos Jurídicos do Procon-SP, Patrícia Dias, a fundação adotou medidas de orientação e estabeleceu um prazo para que os estabelecimentos se adaptassem ao protocolo.

“Fizemos reuniões com o segmento, divulgamos no site e viemos orientando. Agora, qualquer estabelecimento que não cumprir as disposições da lei será sancionado com multa,” disse Patrícia.

 

Funcionamento das multas

As multas previstas no protocolo variam de 200 a três milhões de UFESPs (unidades fiscais do Estado de São Paulo). Cada UFESP vale hoje R$ 34,26.

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O protocolo foi adotado no Estado em novembro de 2023 e a primeira fiscalização do programa ocorreu em abril de 2024.

O Procon-SP e a Secretaria da Mulher do estado também promoveram cursos e forneceram orientações sobre as medidas aos estabelecimentos.

Os locais que foram identificados como fora da conformidade com o protocolo foram notificados e, em alguns casos, autuados. A maioria não tinha placas e cartazes informativos visíveis, além de não promover ações de capacitação dos funcionários.

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Ana Paula Braga, especialista em direito das mulheres, afirmou que a falta de obrigatoriedade e fiscalização permite que os espaços não se preocupem em aderir à lei.

"O estado de São Paulo fez uma iniciativa de capacitação, mas um dos pontos é que faltou a obrigatoriedade. (...) Obrigar esses estabelecimentos a participar disso, com fiscalização adequada".

Ana Paula apontou ainda que os espaços de lazer ainda não entendem a importância das medidas de proteção às mulheres.

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“Se o estabelecimento não está devidamente preparado e acontece um caso de violência ali, ele se torna responsável. Ele pode ter que indenizar a vítima ou pode responder de acordo com as sanções do Código de Defesa do Consumidor, além dos riscos reputacionais. Com as redes sociais, muitos casos estão sendo levados para o Instagram ou TikTok, e esse estabelecimento acaba ficando realmente queimado”, explicou.

"Quando a gente tem um ambiente que está devidamente capacitado, a mulher se sente mais encorajada a tomar uma medida, ela acredita que vai ter esse acolhimento. Um estabelecimento que tem essa política clara também coíbe os caras a não assediarem. Tudo vai se retroalimentando”, concluiu a advogada.

O texto contém informações da Agência Brasil.

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