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Inauguração do Cacau Park está prevista para o fim de 2027, em Itu, no interior de São Paulo | Reprodução/YouTube
Uma operação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) identificou que ao menos 450 trabalhadores estavam recebendo salários inferiores ao piso da categoria nas obras do Cacau Park.
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Este complexo de entretenimento é uma aposta que a Cacau Show ergue em Itu, no interior de São Paulo.
A intervenção ocorreu após denúncias que apontavam problemas estruturais no canteiro e possíveis violações trabalhistas.
Auditores constataram falhas tanto no pagamento quanto nas condições sanitárias oferecidas aos funcionários. A empresa responsável pelo empreendimento foi autuada e deverá apresentar ao Ministério um plano de regularização.
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A Cacau Show, contudo, contesta a versão. Em nota, afirmou que a vistoria “não gerou autuação ou infração relacionada à empresa” e que a obra “opera dentro da normalidade”.
A marca enfatizou que sua atividade principal é o setor de entretenimento e parques temáticos, e que a construção é conduzida por empreiteiras contratadas, cada uma com seus respectivos acordos coletivos..
Trabalhadores envolvidos no projeto relataram à coluna que a pressa para acelerar as obras resultou em jornadas desgastantes e forte pressão por entregas rápidas, além de episódios de descumprimento contratual e violações de direitos.
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A empresa não comentou esses relatos específicos.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) também havia recebido denúncias de funcionários da Cacau Show que relataram a prática de rituais místicos no ambiente corporativo, além de casos de assédio, gordofobia e homofobia como parte da rotina da empresa.
As denúncias foram formalizadas no MPT e se espalharam pelas redes sociais por meio do perfil “Doce Amargura”, criado por empregados para expor o ambiente de trabalho da empresa.
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Avaliado em cerca de R$ 2 bilhões, o Cacau Park é apresentado como futuro maior parque de diversões do Brasil.
O complexo, inspirado em elementos da trajetória de Alê Costa, fundador da rede, inclui atrações como carrinhos de bate-bate estilizados em Fuscas azuis de 1988.
Em março, Alê Costa também anunciou que o parque ganharia a maior montanha-russa da América Latina.
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