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Cotidiano

Quanto antes,

Causas do AVC

Bruno Hoffmann

15/11/2019 às 01:00

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Quando a circulação de sangue é interrompida no cérebro, seja por um entupimento ou rompimento de veias ou artérias, as células que dependem delas para sobreviver não têm muito tempo. Aos poucos, elas passam a não receber mais oxigênio e nutrientes, e vão morrendo. É o AVC, ou acidente vascular cerebral, que está em curso, e que precisa ser resolvido assim que possível.

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"No meio médico, nós dizemos que 'tempo é cérebro': se o paciente chegar rapidamente ao hospital, temos mais cérebro para salvar", diz a neurologista Aline Turbino, mestre em neurociências pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Dependendo do local no qual aconteceu a interrupção do fluxo sanguíneo, os sintomas do AVC variam: perda de sensibilidade no rosto, braços, pernas, dificuldade de fala, a boca entorta, o aparecimento de tonturas ou vertigens, e dores de cabeça - todos
repentinos.

"Nada de dormir um pouco para ver se os sintomas melhoram. Deve-se levar o paciente ao médico o quanto antes", alerta a médica. E não é para menos: há dois tipos de AVC, o isquêmico, quando acontece o entupimento dos vasos, e o hemorrágico, quando eles se rompem. Segundo dados mais recentes do SUS, divulgados em 2016, o mais comum é o isquêmico, que responde por quase 80% dos casos.

O resultado é o mesmo: a área ao redor do AVC começa a sofrer com a falta de oxigênio e morre. Se a área atingida for pequena, há uma grande chance de o paciente se recuperar sem sequelas. Já se a área for grande, a reabilitação pode demorar um pouco mais. Mas, se o paciente demorar a receber atendimento médico, essa lesão vai se expandindo cada vez mais, e pode levar inclusive à morte.

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Os motivos que levam os vasos a se romperem ou entupirem são: obesidade, pressão alta, diabetes, tabagismo e uso de anticoncepcional, que são os mais comuns. São eles que vão lesionando os vasos ao longo de muitos anos, até que eles não aguentam mais. Por isso que a grande maioria dos casos acontece em pacientes acima dos 45 anos. Mas isso não significa que não exista AVC antes disso.

"Se o paciente tem menos de 45 anos, precisamos investigar a causa. Pode ser que ele tenha doenças do coração, ou um câncer escondido, que acaba produzindo substâncias que criam coágulos, e que acabam chegando ao cérebro", explica.

Da mesma forma que o atendimento médico tem que ser imediato aos primeiros sinais, a reabilitação do paciente deve ser a mais precoce possível, para que ele possa voltar a se movimentar, falar, enxergar, com mais facilidade, ou se adaptar às limitações, no caso de sequelas - e vida nova.
(Vanessa Zampronho)

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