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Com a tecnologia atual, uma missão a Marte dura entre sete e nove meses, dependendo da trajetória e das janelas de lançamento | Divulgação/Nasa
A pergunta sobre quanto tempo levaria uma viagem da Terra até Marte com a tecnologia das naves atuais é uma das mais comuns quando se discute a exploração espacial. A resposta direta é que, em média, a jornada dura entre sete a nove meses.
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No entanto, esse tempo não é fixo e depende de uma complexa dança cósmica regida pela física orbital, eficiência de combustível e a tecnologia de propulsão disponível.
Este artigo explica os fatores que definem a duração dessa viagem, as trajetórias utilizadas e o que o futuro reserva para encurtar essa distância.
Diferente de uma viagem na Terra, ir para Marte não é uma questão de apontar a nave para o planeta e acelerar. Ambos os planetas estão em constante movimento, orbitando o Sol em velocidades e distâncias diferentes. A Terra completa sua órbita em 365 dias, enquanto Marte leva cerca de 687 dias.
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Por causa disso, a distância entre os dois planetas varia drasticamente, de aproximadamente 55 milhões de quilômetros em sua maior aproximação até mais de 400 milhões de quilômetros quando estão em lados opostos do Sol.
Lançar uma nave quando os planetas estão mais próximos não é a solução mais eficiente, pois a nave precisaria de uma quantidade imensa de combustível para frear e entrar na órbita marciana.
Por isso, as agências espaciais esperam por "janelas de lançamento", períodos ideais que ocorrem a cada 26 meses, quando o alinhamento planetário permite uma trajetória com o menor gasto de energia.
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Para otimizar o uso de combustível, as missões para Marte utilizam uma trajetória conhecida como Órbita de Transferência de Hohmann. Em vez de seguir uma linha reta, a espaçonave é lançada em uma órbita elíptica ao redor do Sol que a levará da órbita da Terra até a órbita de Marte. O processo funciona da seguinte forma:
Essa manobra é a mais eficiente em termos de combustível, mas também uma das mais longas, resultando no tempo de viagem de vários meses.
Considerando a trajetória de transferência de Hohmann e a tecnologia de propulsão química atual, a duração da viagem para Marte se manteve relativamente consistente ao longo das décadas de exploração espacial. A maioria das missões não tripuladas levou entre 200 e 300 dias para chegar ao Planeta Vermelho.
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Para uma missão tripulada, o tempo de viagem seria semelhante, pois a física orbital e as limitações de combustível são as mesmas.
O desafio adicional seria garantir a segurança e a saúde dos astronautas durante o longo período no espaço profundo, expostos à radiação e à microgravidade.
Reduzir o tempo de viagem para Marte é uma prioridade para futuras missões tripuladas, pois diminuiria a exposição dos astronautas aos perigos do espaço. Várias tecnologias de propulsão avançada estão em desenvolvimento para tornar as viagens interplanetárias mais rápidas.
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Em resumo, uma viagem da Terra a Marte com a tecnologia atual leva em média de sete a nove meses. Essa duração é uma consequência direta das leis da mecânica orbital e da necessidade de usar trajetórias eficientes em termos de combustível, como a Órbita de Transferência de Hohmann.
Embora esse tempo seja viável para missões robóticas, o desenvolvimento de sistemas de propulsão mais avançados, como a propulsão nuclear, será fundamental para viabilizar missões humanas mais seguras e rápidas ao Planeta Vermelho no futuro.
Cientistas anunciaram a descobertura de um exoplaneta orbitando a estrela Gliese 410, localizada na constelação de Leão.
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O estudo saiu neste mês na revista Astronomy & Astrophysics.
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