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Nunes afirmou que esse é "um dos 55 casos" em que equipes da Prefeitura estão mobilizadas | Reprodução
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), voltou a criticar a Enel por atrasos no atendimento a ocorrências envolvendo queda de árvores sobre a rede elétrica após os fortes ventos que atingiram São Paulo.
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Em vistoria nesta quinta-feira (11/12), na rua Eça de Queiroz, na Vila Mariana, zona sul de São Paulo, Nunes classificou como “desrespeito” a demora superior a 30 horas para que equipes da concessionária desligassem a energia e permitissem a remoção das árvores pelas equipes municipais.
São Paulo ainda sofre com os reflexos das fortes tempestades que atingiram a região. Mais de 24 horas após o início da tempestade, a capital paulista ainda registrava falta de luz e água.
Segundo relatório da Enel, concessionária de energia elétrica, por volta das 16h30, 1.284.415 de unidades consumidoras estavam com o fornecimento interrompido. No auge da crise de energia, cerca de 2,3 milhões de pontos ficaram sem o serviço. As falhas ocorreram devido aos fortes ventos, que chegaram a 98 km/h.
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Em vídeo, prefeito afirma que a falta de energia chegou a afetar quase 4 milhões de pessoas, considerando os momentos de pico após o vendaval. “São dias de muito sofrimento. Já tivemos isso em 2023, 2024 e agora novamente”, disse.
Segundo o prefeito, na rua Eça de Queiroz a árvore caiu às 8h45 da manhã do dia anterior. A Prefeitura acionou a Enel Distribuidora às 9h30, mas apenas no início da tarde desta quinta o caminhão da empresa chegou ao local, mais de 30 horas depois da queda.
Nesse período, equipes municipais permaneceram no endereço, trabalhando em turnos durante a noite e madrugada, mas impossibilitadas de iniciar o corte da árvore devido ao risco elétrico.
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“É um desrespeito muito grande imaginar que uma árvore atravessando a rua inteira, pessoas sem energia, e a Enel demora mais de 30 horas para fazer o serviço que compete a ela. A empresa diz que tem 1.500 equipes na rua, mas isso não é verdade. Se tivesse, não haveria dezenas de locais aguardando desligamento da rede.”, afirma.
Nunes afirmou que esse é “um dos 55 casos” em que equipes da Prefeitura estão mobilizadas, mas impedidas de agir pela ausência da concessionária responsável pela rede elétrica.
“É mentira que eles têm 1.500 equipes. Não aparece ninguém para desligar a energia. A equipe da Prefeitura está aqui desde 9h30 de ontem, de plantão, fazendo troca de turnos. Estamos pagando funcionários que não conseguem trabalhar porque dependem da Enel”, declarou.
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Moradores da região também reclamaram da demora e dos prejuízos causados pela falta de energia. Segundo o prefeito, a burocracia interna da companhia agrava a lentidão.
“Não tem gente na rua, não tem gente no escritório, não tem gente no centro operacional. É uma vergonha”, criticou Nunes.
A Gazeta entrou em contato com a Enel e aguarda um posicionamento sobre o assunto.
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Nunes voltou a cobrar atuação do governo federal, responsável pela regulação e fiscalização da Enel por meio do Ministério de Minas e Energia e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
“A Prefeitura e a população de São Paulo são reféns desse mau serviço. A concessão é federal. Falta apoio do poder público federal para defender os interesses da população”, afirmou.
Ao final da vistoria na Eça de Queiroz, o prefeito acompanhou a chegada da equipe da Enel, mais de 30 horas após o acionamento. Ele relatou que os técnicos ainda dependeriam de nova autorização para começar o procedimento.
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“É inadmissível. Uma capital como São Paulo ficar travada porque a empresa concessionária não tem infraestrutura para fazer o básico”, concluiu.
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