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Ruy ganhou notoriedade por enfrentar a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) | Reprodução
O ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo Ruy Ferraz Fontes, de 63 anos, executado no litoral de São Paulo, ocupava atualmente o cargo de secretário de Administração da Prefeitura de Praia Grande. Ele tinha mais de 40 anos de carreira na Polícia Civil de São Paulo, da qual estava licenciado.
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O crime foi registrado no fim da tarde desta segunda-feira (15/9). A ocorrência movimenta as forças policiais de São Paulo e até o fechamento desta matéria ninguém havia sido preso.
Imagens de câmeras de segurança obtidas pela polícia mostram o momento em que o carro do ex-delegado é perseguido por outro veículo em alta velocidade. Após colidir com um ônibus e tombar, Ruy é alcançado, e os ocupantes do carro perseguidor descem e disparam aproximadamente 20 tiros contra ele.
Formado em Direito pela Faculdade de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, com pós-graduação em Direito Civil, Ruy Ferraz Fontes também possuía especialização em Administração Pública.
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Participou de cursos internacionais, como treinamento antidrogas e antiterrorismo na França e aperfeiçoamento em repressão ao narcotráfico no Canadá.
Ao longo de sua carreira, ocupou cargos de destaque, como Delegado Geral de Polícia, diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital, além de ter atuado em unidades como o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Departamento Estadual de Investigações sobre Entorpecentes (Denarc) e Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Fontes esteve à frente da Policia Civil no ataque de adolescentes a uma escola e uma locadora de veículos em Suzano, na Grande São Paulo, em 2019, que matou 8 pessoas, além dos dois atiradores, que também morreram.
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Ruy ganhou notoriedade por enfrentar a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), sendo considerado um dos principais inimigos da organização.
Em 2006, ele foi o responsável por indiciar toda a cúpula da facção, inclusive Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, antes de serem isolados na penitenciária 2 de presidente Venceslau.
Ele estava aposentado da polícia, e em janeiro de 2023 assumiu a secretaria de Administração em Praia Grande.
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A Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP) mobilizou uma força-tarefa para apurar o crime.
Estão envolvidos na operação agentes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra/Dope), além de unidades do Deinter 6, responsável pela Baixada Santista.
A Polícia Militar também atua com reforço do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) de Santos e da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota).
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Segundo a SSP-SP, há duas principais linhas de investigação. A primeira considera a hipótese de vingança relacionada ao período em que Ruy Ferraz Fontes esteve à frente da Polícia Civil, com atuação direta contra lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC).
A segunda apura se o crime foi motivado por conflitos ocorridos durante sua gestão como secretário de Administração da Prefeitura de Praia Grande.
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