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Cotidiano

Relatório da ONU expõe os 11 anos mais quentes da história em sequência inédita

Relatório global indica aumento recorde das temperaturas, aceleração do aquecimento do planeta e impactos crescentes das mudanças climáticas

Maria Eduarda Guimarães

06/11/2025 às 23:00

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De janeiro a agosto, a temperatura média global ficou 1,42°C acima dos níveis pré-industriais

De janeiro a agosto, a temperatura média global ficou 1,42°C acima dos níveis pré-industriais | Rovena Rosa/Agência Brasil

O planeta deve encerrar 2025 entre os anos mais quentes da história, segundo relatório divulgado nesta quinta-feira (6/11) pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), vinculada à ONU, durante a COP30, em Belém, no Pará.

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De janeiro a agosto, a temperatura média global ficou 1,42°C acima dos níveis pré-industriais, com margem de erro de ±0,12°C, um desvio considerado alarmante por cientistas.

A OMM aponta que os últimos onze anos (2015–2025) formam uma sequência sem precedentes: todos estão entre os mais quentes desde o início das medições, há 176 anos. Os três anos mais recentes lideram o ranking.

“Essa sequência sem precedentes de altas temperaturas, somada ao recorde de gases de efeito estufa do ano passado, mostra que será quase impossível limitar o aquecimento global a 1,5°C sem ultrapassar temporariamente essa meta”, afirmou Celeste Saulo, secretária-geral da OMM.

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“Mas a ciência também é clara: ainda é possível, e essencial, reduzir as temperaturas até o fim do século”, acrescentou.

Base para debates da COP30

O documento foi apresentado durante a COP30, em Belém, no Pará, e deve servir como referência científica para as negociações internacionais sobre mudanças climáticas.

Além de reunir dados atualizados sobre o aumento de gases de efeito estufa e o aquecimento dos oceanos, o relatório traz indicadores de impacto direto para a formulação de políticas públicas e acordos globais.

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Durante a cúpula, o secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou para as consequências sociais e econômicas do avanço do aquecimento global.

“Cada ano acima de 1,5°C agrava desigualdades, corrói economias e causa danos irreversíveis. Precisamos agir agora, em grande escala, para reduzir as temperaturas antes do fim do século”, afirmou.

Oceanos mais quentes e degelo recorde

O relatório da OMM mostra que, em 2025, as concentrações de gases de efeito estufa e o calor acumulado nos oceanos continuaram em alta.

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A extensão do gelo marinho no Ártico atingiu o menor nível já registrado após o congelamento de inverno, enquanto a Antártida manteve uma das menores médias de gelo da história.

Mesmo com pequenas oscilações naturais, o nível dos mares segue subindo, reforçando a tendência de longo prazo que preocupa a comunidade científica.

Extremos climáticos se tornam rotina

O ano também foi marcado por eventos climáticos extremos em todo o mundo, incluindo chuvas torrenciais, inundações, ondas de calor e incêndios florestais.

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Esses fenômenos causaram deslocamentos populacionais, perdas econômicas significativas e atrasos no cumprimento das metas de desenvolvimento sustentável.

Limite de 1,5°C cada vez mais distante

Com a tendência atual, especialistas avaliam que o limite de 1,5°C estabelecido no Acordo de Paris está cada vez mais difícil de ser mantido.

Mesmo assim, a OMM insiste que há espaço para ação se os países adotarem medidas urgentes e coordenadas para cortar emissões e conter o aquecimento até o fim do século.

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