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Funcionários agem para impedir críticas ao atendimento nas unidades de saúde da cidade
01/09/2020 às 10:40
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Parlamentares de oposição já anunciaram que vão pedir a abertura de um processo de impeachment do prefeito | / Fernando Frazão/Agência Brasil
Na noite de segunda-feira (31), a “Rede Globo” transmitiu uma reportagem mostrando que o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), está supostamente pagando funcionários para intimidar a imprensa e calar moradores nas portas dos hospitais. O Ministério Público do Rio (MPRJ) instaurou uma investigação sobre o caso. Além do MP, parlamentares de oposição já anunciaram que vão pedir a abertura de um processo de impeachment do prefeito e de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apurar os fatos.
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De acordo com a reportagem, os funcionários agem para impedir críticas ao atendimento nas unidades de saúde da cidade. Para realizar o combinado entre eles, o grupo pago pela prefeitura ofende e grita com jornalistas que tentam entrevistar pacientes em frente às unidades.
A ação é decidida e criada através de grupos de WhatsApp, onde os funcionários decidem por quais unidades de saúde irão fazer um “plantão”. A reportagem mostrou que após serem escalados, os funcionários mandam fotos para provar que estão nas unidades.
Segundo o vereador do Rio Paulo Pinheiro (PSOL), integrante da Comissão de Saúde da Câmara, a atitude da prefeitura de pagar com dinheiro público os profissionais para desinformar a população é "irresponsável".
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"Nós não vamos admitir isso como um caso comum. Por isso estamos entrando com uma representação no Ministério Público, solicitando abertura de um inquérito, para caracterizar o quadro de improbidade administrativa realizada pelo prefeito da cidade do Rio de Janeiro", disse Pinheiro.
"A denúncia é muito grave. Isso é desvio de finalidade, de funções públicas – é gente paga com dinheiro público para fazer coisas que não são atribuições do poder público. Portanto, isso é improbidade administrativa, é crime de responsabilidade", afirmou o vereador Tarcísio Motta (PSOL).
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