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Entidade faz uma lista de queixas contra as práticas do iFood | Paulo Pinto/Agência Brasil
A Federação de Hotéis, Bares e Restaurantes do Estado de São Paulo (Fhoresp) lançou um guia com orientações para empresários criarem meios próprios para a oferta de delivery aos clientes. A estratégia visa driblar o iFood.
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Segundo a entidade, há uma lista de queixas contra o iFood, como cobranças de taxas abusivas, manipulação do algoritmo de busca, promoções que lesam fornecedores e a aceitação de cadastro de estabelecimentos informais, além de deter grande alcance no setor.
A Fhoresp destacou que concorrentes têm surgido e alcançado popularidade, como a 99Food, o Rappi e, em breve, a Keeta.
Ainda segundo o grupo que representa hotéis, bares e restaurantes paulistas, delivery no Brasil deve atingir 21,18 bilhões de dólares em 2025, com projeção de 27,81 bilhões de dólares em 2029.
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Somente o iFood teria 55 milhões de usuários e abocanharia, com folga, a maior fatia do mercado.
Em uma ofensiva recente, a Rappi e a 99Food adotaram estratégias para atrair novos estabelecimentos, como taxa zero de credenciamento nos primeiros anos. A chinesa Keeta, da Meituan, deve dar início às operações em novembro deste ano e acirrar a disputa entre as plataformas de entrega.
A Fhoresp, entidade que representa mais de 500 mil estabelecimentos paulistas e outros 20 sindicatos patronais, lançou um guia que sugere uma série de alternativas para os empresários driblarem o monopólio da iFood.
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Uma das sugestões é criar um aplicativo ou meio de entrega próprio que canalize até 70% dos pedidos e distribua 30% entre as gigantes do delivery. Outra alternativa é a organização de uma cooperativa de entrega, com direito a treinamento de equipe e prática de taxas competitivas.
Segundo o diretor-executivo da Federação, Edson Pinto, as propostas que abarca o guia proporcionam maior autonomia aos estabelecimentos.
“O delivery corresponde à fatia importante de vendas. Pensando nisso, passamos a estimular os estabelecimentos a criarem suas próprias plataformas, ou migrarem para a concorrência, como a 99Food e a Rappi, que já estão oferecendo condições melhores. Também precisamos aguardar a chegada da Keeta para analisar qual melhor opção”, afirmou.
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Há meses a Fhoresp se opõe a práticas consideradas abusivas do iFood, como taxas de até 27% sobre o produto. Para Edson Pinto, isso poderia ser evitado caso o Brasil já tivesse regulamentado o funcionamento das big techs.
“Essa ausência de regulamentação e de fiscalização tem causado danos aos empresários do nosso setor e aos consumidores. O iFood exagera, não dialoga e prejudica o mercado. Resumindo: faz o que quer”, completou.
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