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Grande São Paulo tem apenas 10% da disponibilidade hídrica recomendada | Reprodução
A Sabesp cogita usar a água tratada das estações de esgoto para recarregar reservatórios que abastecem a região metropolitana de São Paulo. Os estudos seguem até março de 2026, e as obras podem ficar prontas até dezembro do mesmo ano.
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A companhia garante que o sistema é seguro para os consumidores.
De acordo com a Sabesp, a Grande São Paulo tem apenas 10% da disponibilidade hídrica recomendada pela Organização das Nações Unidas (ONU) por habitante, uma quantidade menor do que no semiárido nordestino.
Segundo a companhia, são realizados estudos atualmente sobre a possibilidade de acrescentar até 2.800 litros por segundo aos sistemas que abastecem a região metropolitana.
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A "recarga de manancial", como a medida é chamada, considera a água das estações de tratamento de esgoto de Suzano e de Barueri, que seguem para os rios Tietê e Cotia, respectivamente.
Segundo o diretor de engenharia e inovação da Sabesp, Roberval Tavares, em entrevista à Folha, a recarga deverá devolver a água aos rios de destino com os mesmos parâmetros de qualidade da água bruta, que depois será captada, tratada e consumida.
No caso da estação de Suzano, o projeto modificaria o destino da água, que seria direcionada ao rio Taiaçupeba.
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A pretensão da Sabesp é adicionar 800 litros por segundo ao Taiaçupeba, a partir da operação na estação de Suzano, e outros 2.000 litros por segundo ao rio Cotia, que resultam do tratamento na estação de Barueri. Somados, os volumes representam cerca de 4% da média de 70 mil litros consumidos por segundo na Capital e na Grande São Paulo.
O Sistema Integrado Metropolitano (SIM), que soma todos os reservatórios da região, contava nesta sexta-feira (3/10) com apenas 30,8% da capacidade.
O sistema, segundo diretores da Sabesp, já é usado em lugares como Espanha, Singapura e Estados Unidos. Há um processo semelhante também em Brasília.
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