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Povos guaranis fazem protesto na avenida Paulista, em São Paulo | Rovena Rosa/Agência Brasil
Diferentemente do esperado pelo senso comum, São Paulo é o estado brasileiro com mais povos indígenas. Segundo o Censo mais recente, o território paulista tem 271 comunidades indígenas ao total, seguido pelo Amazonas, com 259, e pela Bahia, com 233.
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O tema ganhará destaque na COP30, a conferência do clima da ONU (Organização das Nações Unidas), que será realizada em Belém, no Pará, entre 10 e 21 de novembro. Delegações indígenas paulistas marcarão presença no evento.
Em São Paulo, conforme o Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há 55.295 pessoas autodeclaradas em 2022, vivendo tanto em áreas urbanas quanto em terras indígenas.
Segundo o Instituto Pró-Índio de São Paulo, os indígenas Mby’a, Tupi Guarani, Kaingang, Krenak e Terena que habitam terras indígenas estão localizados na faixa litorânea, no Vale do Ribeira, no oeste do Estado e também na região metropolitana de São Paulo. Os Guarani, Mby’a e Tupi são a maior população do Estado vivendo em terras indígenas.
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A Capital é a cidade com a maior diversidade étnica do Brasil, com 194 etnias registradas no último censo.
Já o Brasil tem 391 povos e 295 línguas indígenas. De 2010 – ano do censo anterior – a 2022, houve um aumento de 89% da população dessas populações, que passaram de aproximadamente 897 mil para quase 1,7 milhão de pessoas, das quais 74,51% declararam seu pertencimento étnico em 2022.
Segundo os organizadores da COP, cerca de mil indígenas brasileiros e estrangeiros participarão das negociações oficiais durante a conferência climática mundial.
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Um dos povos que participará oficialmente do debate será da Terra Indígena Jaraguá, entre a zona noroeste de São Paulo e a cidade de Osasco, na Grande São Paulo.
A Terra Indígena Jaraguá finalizou, em maio, após uma longa batalha jurídica e política, a demarcação física do território, uma das últimas etapas antes da homologação presidencial e do registro em cartório. Hoje, o território abrange 532 hectares e sete aldeias.
O Censo identificou 295 línguas indígenas, com 474.856 falantes de dois anos ou mais de idade. As três línguas com maior número de falantes são: Tikuna (51.978), Guarani Kaiowá (38.658) e Guajajara (29.212).
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Entre 2010 e 2022, dentro das Terras Indígenas, houve um aumento de falantes de língua indígena entre as pessoas de cinco anos ou mais, passando de 293.853 para 433.980 falantes - um aumento de mais de 47% no número de falantes.
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