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Cotidiano

São Paulo registra nascimento inédito de trigêmeos em útero transplantado

Mulher transplantada nasceu sem útero e a doação foi feita pela irmã

Yasmin Gomes

18/11/2025 às 19:00

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Os três bebês nasceram prematuros, após sete meses, mas já receberam alta e se desenvolvem bem

Os três bebês nasceram prematuros, após sete meses, mas já receberam alta e se desenvolvem bem | onlyyouqj/Freepik

O Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), registrou o primeiro caso de bebês trigêmeos nascidos de útero transplantado no mundo, em agosto.

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Esse é o primeiro caso com uma doadora viva na América Latina.

A mulher transplantada nasceu sem útero, o que acontece em uma a cada 4 mil mulheres e é chamado síndrome de Rokitansky.

Doação

A irmã da paciente, após ter dois filhos de parto normal, resolveu realizar a doação.

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"No final de janeiro foi feita a transferência de apenas um embrião para evitar justamente a gestação de gêmeos, e ela engravidou. Entretanto, o embrião se dividiu duas vezes, o que é muito raro, cerca de 0,04% de chance de ocorrer", disse Dani Ejzenberg, supervisor do Centro de Reprodução Humana do HC e membro da equipe responsável pelo transplante de útero.

Por ser um caso de gestação múltipla em útero implantado, a gravidez precisou ser monitorada por um grupo multidisciplinar de especialistas nas áreas de obstetrícia, transplantes e reprodução humana do hospital.

“Como era parto de trigêmeos já esperávamos que eles nasceriam prematuros, mas o útero transplantado se mostrou viável para suportar uma gravidez gemelar. Além disso, também mostra que os embriões que estavam congelados desde 2014 eram viáveis, demonstrando também a possibilidade de usar embriões que ficam congelados por muitos anos”, esclareceu o professor Wellington Andraus, coordenador médico da Divisão de Transplantes de Fígado e Órgãos do Aparelho Digestivo do Hospital das Clínicas.

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Os três bebês nasceram prematuros, após sete meses, mas já receberam alta e se desenvolvem bem, segundo os médicos.

Além da capacidade de gestação com útero de uma doadora viva, que abre uma porta para mulheres que não conseguem engravidar, os especialistas destacam a importância do Brasil ser o pioneiro nesse tipo de transplante e uma referência para o restante do mundo.

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