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Servidora da Secretaria da Educação de São Paulo está sendo acusada de criar um esquema de fraude em benefícios de servidores inativos | Marcos Porto/PMI
Uma servidora da Secretaria da Educação de São Paulo (Seduc) está sendo acusada de criar um esquema de fraude em benefícios de servidores inativos. A funcionária atuava a cerca de dez anos no gerenciamento de solicitações envolvendo o cartão-alimentação dos funcionários da pasta.
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A acusada era responsável pela entrega e recebimento dos cartões alimentação. A investigação afirma que ela não aceitava exercer outra função e nem recebia auxílio de funcionários na atividade pela qual ganhava um salário líquido de cerca de R$ 2 mil.
Segundo o Portal da Transparência, em abril de 2024, o salário bruto da servidora atingiu R$ 3.018,81. Em depoimento à Controladoria Geral do Estado (CGE), uma diretora contou sobre a resistência da servidora em ser transferida da função na qual tinha liberdade para gerenciar o benefício.
Segundo um dos depoimentos, quando a indiciada entrou de férias, a servidora responsável por substituí-la na função encontrou um armário com grande volume de envelopes lacrados. Dentro, estavam diversos cartões de vale-alimentação em nome de servidores exonerados.
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Ainda nas férias, um servidor exonerado comunicou que estava recebendo mensagens no aplicativo sobre uso indevido do saldo de um cartão de benefícios que ele não chegou a receber em mãos.
A CGE apurou 28 casos em que os cartões alimentação receberam créditos mesmo após a desvinculação do funcionário, totalizando mais de R$ 41 mil. Cinco pessoas que tinham irregularidades em seus cartões foram ouvidas pela Controladoria.
Em um dos casos apurados, mais de R$ 12 mil foram creditados, em agosto de 2023, no benefício de uma servidora que faleceu em 2022.
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Um desvio recente foi identificado no dia 8 de maio, quando a acusada solicitou suplementações de auxílio-alimentação para uma lista de servidores, entre eles, pessoas com cadastro inativo na secretaria.
A investigada é suspeita de peculato e foi alvo de mandados de busca e apreensão na última quarta-feira (29/5).
O delegado da Polícia Civil Tiago Fernando Correia, responsável pela investigação, pediu ainda o afastamento da servidora pública e a quebra do sigilo telemático (autorização para acessar o conteúdo dos aparelhos celulares, notebooks, CPU’s, pen drives e outros equipamentos eletrônicos).
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Em nota, a Secretaria da Educação afirmou que atuou em conjunto com a CGE na apuração de uma denúncia de irregularidades e, após constatar o uso indevido do benefício de alimentação por uma servidora, a Seduc encaminhou os dados à CGE.
*Texto sob supervisão de Lara Madeira
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