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Cotidiano

Servidora da Educação é acusada de desviar benefícios de funcionários inativos

Investigada era responsável pela entrega e recebimento dos cartões alimentação; acusada é suspeita de peculato

Monise Souza

31/05/2024 às 14:45  atualizado em 05/06/2024 às 10:35

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Servidora da Secretaria da Educação de São Paulo está sendo acusada de criar um esquema de fraude em benefícios de servidores inativos

Servidora da Secretaria da Educação de São Paulo está sendo acusada de criar um esquema de fraude em benefícios de servidores inativos | Marcos Porto/PMI

Uma servidora da Secretaria da Educação de São Paulo (Seduc) está sendo acusada de criar um esquema de fraude em benefícios de servidores inativos. A funcionária atuava a cerca de dez anos no gerenciamento de solicitações envolvendo o cartão-alimentação dos funcionários da pasta.

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Acusação

A acusada era responsável pela entrega e recebimento dos cartões alimentação. A investigação afirma que ela não aceitava exercer outra função e nem recebia auxílio de funcionários na atividade pela qual ganhava um salário líquido de cerca de R$ 2 mil.

Segundo o Portal da Transparência, em abril de 2024, o salário bruto da servidora atingiu R$ 3.018,81. Em depoimento à Controladoria Geral do Estado (CGE), uma diretora contou sobre a resistência da servidora em ser transferida da função na qual tinha liberdade para gerenciar o benefício.

Denúncia

Segundo um dos depoimentos, quando a indiciada entrou de férias, a servidora responsável por substituí-la na função encontrou um armário com grande volume de envelopes lacrados. Dentro, estavam diversos cartões de vale-alimentação em nome de servidores exonerados.

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Ainda nas férias, um servidor exonerado comunicou que estava recebendo mensagens no aplicativo sobre uso indevido do saldo de um cartão de benefícios que ele não chegou a receber em mãos.

Apuração

A CGE apurou 28 casos em que os cartões alimentação receberam créditos mesmo após a desvinculação do funcionário, totalizando mais de R$ 41 mil. Cinco pessoas que tinham irregularidades em seus cartões foram ouvidas pela Controladoria.

Em um dos casos apurados, mais de R$ 12 mil foram creditados, em agosto de 2023, no benefício de uma servidora que faleceu em 2022.

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Um desvio recente foi identificado no dia 8 de maio, quando a acusada solicitou suplementações de auxílio-alimentação para uma lista de servidores, entre eles, pessoas com cadastro inativo na secretaria.

Busca e apreensão

A investigada é suspeita de peculato e foi alvo de mandados de busca e apreensão na última quarta-feira (29/5). 

O delegado da Polícia Civil Tiago Fernando Correia, responsável pela investigação, pediu ainda o afastamento da servidora pública e a quebra do sigilo telemático (autorização para acessar o conteúdo dos aparelhos celulares, notebooks, CPU’s, pen drives e outros equipamentos eletrônicos).

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Em nota, a Secretaria da Educação afirmou que atuou em conjunto com a CGE na apuração de uma denúncia de irregularidades e, após constatar o uso indevido do benefício de alimentação por uma servidora, a Seduc encaminhou os dados à CGE.

*Texto sob supervisão de Lara Madeira

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