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Serra e Doria renunciaram ao cargo, abrindo caminho para a posse de Gilberto Kassab e Bruno Covas | /Doria e Covas: Divulgação/Governo de Estado; Kassab: Pedro França/Agência Senado; Serra Rovena Rosa/Agência Brasil
Desde 1985, a primeira eleição municipal após a redemocratização do País, houve nove eleições para prefeito na cidade de São Paulo. Dessas, por duas vezes o eleito para o cargo renunciou para buscar o governo do Estado: José Serra, em 2006, e João Doria, em 2018, ambos do PSDB. Com isso, Gilberto Kassab e Bruno Covas assumiram o cargo, respectivamente.
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Serra, eleito durante a campanha de 2004, chegou a assinar um documento assumindo que cumpriria seu mandato até o fim, mas não foi o que aconteceu, e ele foi candidato ao governo em 2016, vencendo o pleito.
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Em nova campanha para prefeito, em 2012, o tucano negou que tenha quebrado o compromisso seis anos antes e disse que o documento que assinara para prometer que cumpriria o mandato era “um papelzinho”.
“Primeiro, eu não assinei nada em cartório. Isso é folclore”, disse Serra em entrevista à “Rádio Capital". “Houve um debate, uma entrevista. O pessoal perguntou: ‘Se o senhor for eleito prefeito vai sair para se candidatar à Presidência?’ Eu disse que não. ‘Então assina aqui.’ Eu assinei um papelzinho. Não era nada... Eu estava dizendo a absoluta verdade”, complementou.
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Com a sua saída, o vice Gilberto Kassab, então um desconhecido de boa parte do eleitorado paulistano e filiado ao PFL (depois renomeado para DEM), assumiu o cargo na maior metrópole do País. A sua gestão ficou marcada pela Lei da Cidade Limpa e pela Operação Delegada, mas também por acusações de ineficiência na gestão de problemas comuns à Capital, como as enchentes na época do verão.
Kassab disputou a reeleição em 2008, conseguindo superar a adversária Marta Suplicy, então no PT, e cumpriu seu mandato até 31 de dezembro de 2012.
Mesmo enredo
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Em 2016, João Doria cumpriu um enredo semelhante ao de Serra, ao também prometer durante a campanha eleitoral que não abandonaria o cargo de prefeito. Porém, um ano e 95 dias depois de tomar posse, ele deixou a função para a qual havia sido eleito para o pouco conhecido Bruno Covas, em busca do governo do Estado.
Durante a campanha para a prefeitura, ele chegou a assinar um documento a pedido do portal “Catraca Livre”: "Eu, João Doria, comprometo-me a cumprir integralmente meu mandato nos anos de 2017, 2018, 2019 e 2020 caso seja eleito prefeito da cidade de São Paulo em 2016".
Empossado prefeito em 6 de abril de 2018, Covas assumiu um estilo mais discreto em relação ao seu antecessor, e conseguiu levar à frente programas de concessão prometidos por Doria, como do complexo do Pacaembu, na zona oeste da Capital.
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Ao mesmo tempo, recebeu críticas por medidas tomadas durante a pandemia da Covid-19, como ampliar o rodízio municipal de veículos e um suposto gasto excessivo de recursos públicos em hospitais de campanha.
De acordo com o Datafolha, o atual prefeito lidera a preferência dos eleitores da Capital, com 32% de intenção de votos – o segundo colocado numericamente é Guilherme Boulos (PSOL), com 16%, ou seja, o segundo colocado tem metade das intenções de voto do tucano.
Já em relação ao segundo turno, o prefeito é favorito em todas as simulações. De acordo com o Datafolha, Covas registra 56% ante 30% de Guilherme Boulos (PSOL). Caso o adversário seja Celso Russomanno, Covas leva vantagem de 59% contra 25%. Já se o adversário for o ex-governador Márcio França (PSB), o tucano tem 53%, enquanto França fica com 34%.
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O Datafolha ouviu 1.512 eleitores nos dias 9 e 10, e a margem de erro é de três pontos percentuais. A pesquisa foi encomendado pela “Rede Globo” e pela “Folha”.
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