Entre em nosso grupo
2
Continua depois da publicidade
Nos Estados Unidos, a tecnologia é oferecida como parte do serviço 'T-Satellite', da operadora T-Mobile | Depositphotos
*Reportagem atualizada em 6/8/2025 com posicionamento da Anatel.
A Starlink, empresa de Elon Musk, começou a liberar no Brasil, gratuitamente, na última quinta-feira (31/7), a conexão direta de celulares com seus satélites.
Continua depois da publicidade
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), no entanto, informou que este serviço ainda não está disponível no País.
Isso porque, segundo nota da Anatel, a empresa de Elon Musk não tem autorização para oferecer a tecnologia no Brasil.
A solução, chamada de Direct to Device (ou Direct to Cell), permite que smartphones compatíveis se conectem diretamente aos satélites de baixa órbita da Starlink, dispensando torres de telefonia.
Continua depois da publicidade
Nos Estados Unidos, a tecnologia é oferecida como parte do serviço “T-Satellite”, da operadora T-Mobile, e já funciona em todo o território americano, incluindo Porto Rico, Havaí e partes do sul do Alasca.
Por enquanto, a conexão via satélite está limitada ao envio de mensagens de texto (SMS), compartilhamento de localização e chamadas de emergência.
Em alguns aparelhos da Samsung e da Motorola também é possível enviar fotos. As ligações de voz e de vídeo ainda não foram habilitadas nem no exterior.
Continua depois da publicidade
Em nota, a Anatel informou que:
“A tecnologia Direct to Cell (ou Direct to Device - D2D) pode representar um avanço significativo na cobertura de telefonia móvel. Reconhecendo esse potencial, a Agência tomou a iniciativa de promover um ambiente propício à experimentação dessa tecnologia, estabelecendo um Sandbox regulatório que favorece arranjos técnicos nesse sentido.”
O órgão explicou que criou um ambiente regulatório especial, chamado “sandbox D2D”, que permite autorizações temporárias para testes comerciais da tecnologia.
Continua depois da publicidade
Até agora, no entanto, nenhuma empresa, incluindo a Starlink, solicitou participar desse processo. Segundo a Anatel, somente prestadoras de serviço móvel podem solicitar esse tipo de autorização.
Como a Starlink não possui licença de operadora de telefonia no Brasil, não poderia oferecer ou testar oficialmente a tecnologia no País.
“A prestação do serviço móvel no Brasil é regulamentada e requer a obtenção de outorga específica, bem como autorizações para uso das radiofrequências destinadas à modalidade celular. Até o presente momento, a Starlink não possui diretamente essas licenças necessárias”, completou a Anatel.
Continua depois da publicidade
Nos EUA, clientes da T-Mobile podem adicionar o serviço T-Satellite sem custo extra em planos mais completos, como o Experience Beyond e o Go5G Next.
Usuários de outras operadoras também podem contratar a funcionalidade, desde que tenham um celular compatível com eSIM e façam a ativação em uma loja física da T-Mobile.
O serviço foi pensado para oferecer conectividade em áreas sem cobertura de rede móvel, como trilhas, regiões rurais e estradas.
Continua depois da publicidade
De acordo com relatos de usuários, a conexão funciona melhor com o celular em campo aberto, mas ainda é possível utilizá-la dentro de veículos ou até com o aparelho no bolso.
Apesar de não estar autorizado a operar a tecnologia Direct to Device, a Starlink já atua no país oferecendo serviços de banda larga via satélite para residências, empresas e áreas rurais.
No entanto, essa modalidade não se conecta diretamente a celulares comuns e exige equipamentos próprios da empresa.
Continua depois da publicidade
Enquanto isso, a possibilidade de conexão direta pelo smartphone depende de avanços regulatórios e da obtenção das licenças necessárias para uso de radiofrequências destinadas à telefonia móvel no Brasil.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade