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Descoberta foi publicada nesta quarta-feira (3/7) na revista Nature Astronomy | Divulgação/eso.org
Astrônomos registraram pela primeira vez evidências visuais de uma supernova provocada por uma detonação dupla em uma anã branca.
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A descoberta foi publicada nesta quarta-feira (3/7) na revista Nature Astronomy. Segundo os cientistas, o intervalo entre as duas explosões foi de aproximadamente dois segundos.
O fenômeno foi observado a cerca de 160 mil anos-luz da Terra, na galáxia Grande Nuvem de Magalhães, usando o telescópio Very Large Telescope, no Chile.
A imagem mostra duas conchas de cálcio em expansão no espaço, resultado de explosões consecutivas que destruíram completamente a estrela.
Esse tipo de supernova, classificado como Tipo Ia, ocorre quando uma anã branca atrai hélio de uma estrela companheira, levando o material acumulado à combustão e desencadeando uma segunda detonação.
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O instrumento usado para o registro foi o espectroscópio MUSE, que permitiu mapear os elementos químicos resultantes da explosão.
O cálcio aparece em dois anéis distintos - um externo, da primeira detonação, e outro interno, da segunda - confirmando o mecanismo da dupla detonação.
Esse tipo de supernova é relevante para a compreensão da formação de elementos pesados como cálcio, enxofre e ferro, essenciais para a composição de planetas e organismos vivos.
“Não restou nada. A anã branca foi completamente destruída”, afirmou o astrofísico Priyam Das, principal autor do estudo. Segundo os pesquisadores, trata-se de uma evidência inédita do processo de detonação dupla, até então apenas teorizado.
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