Trem sem condutor supera teste decisivo e está quase pronto para funcionar

O novo sistema de transporte automático que vai interligar os três terminais do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, à estação Aeroporto-Guarulhos da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), Linha 13-Jade, atingiu uma etapa decisiva nos testes operacionais.

O cruzamento seguro entre os veículos foi registrado em vídeo e representa um dos últimos passos antes do início da operação.

Pela primeira vez, dois trens trafegaram simultaneamente e de forma totalmente autônoma em vias paralelas, sem condutor e com tecnologia internacional de segurança.

Inicialmente, a previsão de entrega do serviço era para o final de 2024, mas, segundo o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi adiada para março deste ano.

Uma nova data para começar a operar foi redefinida em maio deste ano. Agora, a expectativa é que o serviço comece a funcionar ainda em agosto.

Os trens vão circular a cada seis minutos nos dois sentidos, reduzindo o tempo de deslocamento entre os terminais do aeroporto e oferecendo mais comodidade para os passageiros que utilizam o transporte ferroviário.

Novo trem

O projeto do People Mover foi apresentado em 2022. Com um investimento privado estimado de R$ 272 milhões, a obra foi financiada com recursos da outorga da concessionária GRU Airport.

A linha do People Mover terá quatro estações e poderá transportar até 2 mil pessoas por hora em cada direção. Cada viagem durará, no máximo, seis minutos, com o mesmo intervalo de espera entre os trens.

O novo sistema substituirá os ônibus que atualmente fazem a ligação entre os terminais 1, 2 e 3 a estação da CPTM. Segundo a Secretaria de Transportes, o serviço será gratuito para os usuários.

Funcionamento

O People Mover é um sistema de transporte automatizado que utiliza veículos movidos a ar comprimido sobre trilhos elevados.

O sistema utiliza ar comprimido para impulsionar os veículos: um ventilador ou compressor instalado na estação direciona o ar por dutos, criando um diferencial de pressão que movimenta os trens.

Esse processo elimina a necessidade de motores a bordo, resultando em veículos mais leves, eficientes e sem emissão direta de poluentes.