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Coca-Cola, no entanto, ainda não confirmou oficialmente a mudança | Divulgação
Durante um anúncio polêmico, o presidente Donald Trump afirmou que a Coca-Cola vai substituir o xarope de milho com alto teor de frutose (HFCS) por açúcar de cana em seus refrigerantes vendidos nos Estados Unidos.
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Segundo Trump, a decisão faz parte do movimento "Make America Healthy Again", que tem como um de seus líderes o Secretário de Saúde, Robert F. Kennedy Jr.
A Coca-Cola, no entanto, ainda não confirmou oficialmente a mudança. Em nota, a empresa informou apenas que "em breve compartilhará novidades sobre produtos inovadores" e evitou comentar diretamente as declarações de Trump.
Nos Estados Unidos, a fórmula da Coca-Cola usa HFCS, um adoçante mais barato e comum em produtos industrializados, mas também associado a riscos de saúde, como obesidade, diabetes e inflamações. Em outros países, como México e Brasil, a bebida já é adoçada com açúcar de cana.
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Para Kennedy Jr., o HFCS é "uma fórmula para deixar as pessoas obesas e diabéticas". Já para especialistas, mudar o tipo de açúcar não resolve o problema central, que é o consumo excessivo de açúcar seja ele qual for.
O HFCS é um adoçante feito a partir do amido de milho processado, em que parte da glicose é convertida em frutose por enzimas. É amplamente usado nos EUA desde os anos 1970, quando os custos do açúcar aumentaram e o governo passou a subsidiar o milho.
A Coca-Cola adotou o ingrediente no início dos anos 1980, principalmente por ser mais barato e estável.
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A Corn Refiners Association, que representa os produtores de HFCS, criticou a possível substituição. "Trocar HFCS por açúcar de cana não tem benefício nutricional e prejudica empregos, agricultores e a produção local", afirmou o CEO da entidade.
Embora nutricionalmente semelhantes à sacarose, alguns estudos apontam diferenças metabólicas importantes. Pesquisas recentes associam o HFCS a maiores índices de obesidade, inflamações no fígado, resistência à insulina e até alterações no metabolismo de crianças.
Além disso, parte do milho americano é geneticamente modificado e tratado com glifosato, um herbicida associado a riscos de câncer. Mesmo que pouco resíduo chegue à bebida final, a prática é alvo de críticas do movimento MAHA.
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