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- | Gazeta de S.Paulo
Devido ao aumento de compromissos oriundos da eleição municipal que se avizinha, este será o último artigo até a data da realização do pleito. De qualquer forma, 2020 será um marco a ser estudado na história global como um todo e no Brasil em particular.
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Em solo tupiniquim presenciamos a substituição do delírio petista pela perversidade bolsonarista, movimento narcisista que pretende redesenhar os desígnios da nação à sua imagem e semelhança. Gente egocêntrica, que em nome de combater a corrupção sistêmica abraça variadas percepções e ignomínias que desprezam os avanços edificados pelos princípios do universalismo, temerosa com a possibilidade das individualidades nacionais abrirem espaço para a identidade terráquea.
Nesse período também fomos expostos a instâncias federativas, comandadas por representantes eleitos pelo sufrágio popular, gastando bilhões de reais de afogadilho, sem qualquer planejamento prévio ou controle imposto pela lei 8.666. Portanto, a eleição de outubro ou novembro trará consigo as mesmas tendências que estão surgindo no horizonte das sucessões presidenciais na Polônia e EUA.
Entre os brasileiros, o primeiro embate será travado no campo da disputa municipal, com prefeitos mirando o futuro próximo perante a ótica do ponteiro de combustível no limite da reserva e oposicionistas tateando o solo buscando descobrir a direção da caravana do voto. Vivenciamos a lógica da razão comum vibrando em dissonância ao contingente de excepcionalidades.
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Portanto, a partir de agora, dedicarei meu tempo e energia no auxílio aos postulantes que disputarão os cargos de chefes dos executivos locais, assumindo a missão de diagnosticar, interpretar e definir estratégias capazes de recriar projetos em cadência com os anseios e demandas prementes; construindo teses originais para circunstâncias atípicas; pensamentos e ações para além dos limites da caixa. Essa eleição detém todos os ingredientes para determinar a envergadura que separa homens de meninos, populistas de estadistas, humanistas de obscurantistas, administradores de ineptos. Assim, em breve nos reencontraremos para dividir crônicas de um mundo em ebulição.
*Nilton César Tristão é cientista político do Opinião Pesquisa
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