Entre em nosso grupo
2
Continua depois da publicidade
Edição de 2025 identificou uma relação direta entre o uso excessivo das redes sociais e a piora dos indicadores de saúde mental | Foto: Reprodução/Freepik
A saúde mental de crianças e adolescentes em todo o mundo atingiu um ponto crítico, segundo relatório divulgado em junho pela organização KidsRights.
Continua depois da publicidade
O documento associa o aumento dos casos a um aumento acelerado do uso das redes sociais.
De acordo com pesquisas realizadas pela fundação sediada em Amsterdã, em parceria com a Universidade Erasmus de Roterdã, um em cada sete jovens entre 10 e 19 anos apresenta algum tipo de transtorno relacionado à saúde mental.
Marc Dullaert, fundador e presidente da KidsRights, afirmou em comunicado que o levantamento serve como alerta global.
Continua depois da publicidade
Segundo ele, o uso intenso das plataformas digitais tem agravado os problemas entre crianças e adolescentes, com foco no engajamento em detrimento da segurança.
O Índice KidsRights é publicado anualmente e avalia o compromisso de 194 países com os direitos da criança, além das ações adotadas para fortalecê-los.
A edição de 2025 identificou uma relação direta entre o uso excessivo das redes sociais e a piora dos indicadores de saúde mental. O relatório define como uso “problemático” o comportamento de dependência que interfere nas atividades cotidianas dos jovens.
Continua depois da publicidade
O estudo também destaca uma ligação entre o consumo exagerado de conteúdo online e as tentativas de suicídio.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) citados no relatório indicam que a taxa global de suicídio entre adolescentes de 15 a 19 anos é de seis mortes por 100 mil.
A KidsRights, no entanto, alerta que medidas restritivas extremas, como a proposta da Austrália de impedir o acesso de menores de 16 anos às redes sociais, não representam a melhor solução.
Continua depois da publicidade
Segundo a entidade, proibições desse tipo podem violar direitos civis e políticos, incluindo o direito à informação.
O relatório recomenda políticas mais amplas, que garantam o uso seguro das plataformas e promovam o acesso a conteúdos educativos, sem incentivar o isolamento digital.
O documento ainda ressalta que os avanços tecnológicos recentes criaram novas oportunidades de aprendizado e comunicação, mas também aumentaram a exposição de jovens à violência psicológica, sexual e de gênero, além do bullying e da desinformação.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade