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Medicamento facilita o cuidado diário e melhora a absorção | Cecília Bastos/USP Imagens
Pesquisadoras da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram um novo tratamento para cães com osteoartrite, doença que compromete a mobilidade e a qualidade de vida dos animais.
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A inovação utiliza nanocristais de firocoxibe, princípio ativo já usado em medicamentos veterinários. Os testes foram conduzidos em cães da raça beagle.
O novo medicamento é administrado por via oral e em forma líquida. O tratamento dobrou a concentração do firocoxibe no sangue dos animais em comparação aos medicamentos convencionais.
Um pedido de patente foi registrado pela Agência USP de Inovação (Auspin) junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). Uma das vantagens da nova fórmula é a apresentação líquida, que facilita a administração em pets.
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Além disso, os comprimidos mastigáveis disponíveis no mercado têm baixa solubilidade em água, o que limita sua absorção no organismo.
Segundo a professora Nádia Araci Bou-Chacra, orientadora da pesquisa de doutorado que gerou o artigo - a ser defendido na FCF -, a nova formulação pode tornar o tratamento mais eficaz.
Com isso, será possível usar uma dose menor para obter o mesmo efeito, com início de ação mais rápido e intervalos maiores entre as doses, o que facilita o tratamento, especialmente em cães.
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A pesquisadora considera a inovação um avanço importante na medicina veterinária. Ela destaca que, com o aumento da expectativa de vida dos animais de estimação, cresce também a demanda por medicamentos voltados ao tratamento de doenças crônicas.
O setor pet no Brasil está em plena expansão. Em 2024, movimentou R$ 75,4 bilhões, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet).
Desse total, produtos veterinários, incluindo medicamentos, representaram R$ 7,8 bilhões, cerca de 10,4% do mercado.
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As pesquisadoras explicam que medicamentos líquidos facilitam a administração, pois as doses podem ser ajustadas conforme o peso do animal, sem a necessidade de dividir comprimidos.
Após revisão científica que apontou os nanocristais como uma das estratégias mais promissoras na inovação farmacêutica, a equipe iniciou os ensaios práticos em laboratório.
A avaliação da toxicidade da nova fórmula foi realizada inicialmente em larvas de Galleria mellonella, espécie de mariposa amplamente usada como modelo biológico em pesquisas farmacêuticas.
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Recentemente, o governo federal sancionou uma lei que proíbe tutores de fazer tatuagens ou aplicar piercings em seus animais. A prática passa a ser considerada maus-tratos, abuso ou mutilação, sendo equiparada a outras condutas que causem sofrimento físico aos pets.
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