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Panorama 2025 indica recuo no uso abusivo e mudanças no padrão de consumo | Thiago Neme/Gazeta S. Paulo
O Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA) publicou a edição de 2025 do Panorama de Saúde e Álcool, no último dia 27. No levantamento, 64% dos respondentes declararam não consumir bebidas alcoólicas.
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A percepção individual sobre o consumo também mudou. Já 63% dos entrevistados afirmaram “não beber”, contra 52% em 2023. Contudo, mesmo entre os consumidores abusivos, 82% dizem beber moderadamente, indicando baixa percepção de risco.
Além disso, a abstenção de álcool entre jovens, população entre 18 e 24 anos, cresceu, passando de 46% para 64%. Entre o público universitário, bebidas alcoólicas também se tornaram impopulares: 62% dos respondentes declararam não beber.
A frequência do consumo também caiu. O grupo que bebia uma vez por semana ou a cada 15 dias reduziu 6 pontos percentuais em relação a 2023. Já o comportamento de beber “uma vez por mês ou menos” cresceu, sobretudo entre os consumidores moderados.
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De 2023 para 2025, o número de pessoas que faziam uso abusivo de álcool caiu de 17% para 15%. Somente 9% reconhecem que bebem excessivamente e que precisam mudar.
A predominância de consumo abusivo está concentrada, em sua maior parte, em homens (65%). Quanto à abstenção, as mulheres representam 65% do público que recusa bebidas alcoólicas.
O estudo da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) revelou que o consumo de álcool pode estar associado ao desenvolvimento do câncer de pâncreas. Além disso, outros sete tipos de cânceres estão associados ao consumo de álcool.
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Foram recrutados para o estudo 2,5 milhões de participantes, com idade média de 57 anos, acompanhados por cerca de 16 anos. Desse grupo, 10.067 participantes desenvolveram câncer de pâncreas.
Em relação à quantidade ingerida, a maioria (39%) consome de uma a duas doses por ocasião. Porém, há grupos vulneráveis: homens pretos, entre 25 e 44 anos, com ensino médio e residentes nas regiões Norte e Centro-Oeste, entre os quais o consumo de sete ou mais doses por ocasião é mais frequente.
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