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Cotidiano

Voepass é cassada após operar milhares de voos com falhas graves

Em dez meses, Anac notou irregularidades nas operações da companhia

Thacio Mello

25/06/2025 às 13:20  atualizado em 25/06/2025 às 13:21

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Agência indica 2,6 mil voos operados sem manutenção adequada após tragédia em Vinhedo

Agência indica 2,6 mil voos operados sem manutenção adequada após tragédia em Vinhedo | Paulo Pinto/Agência Brasil

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) indicou que a Voepass operou 2,6 mil voos com aeronaves cuja manutenção não foi realizada conforme os procedimentos técnicos exigidos, após o acidente aéreo ocorrido em 9 de agosto de 2024, em Vinhedo.

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Os dados foram apresentados durante a reunião em que a Anac oficializou a cassação em definitivo do Certificado de Operador Aéreo (COA) da Voepass.

Com a decisão, a companhia fica impedida de realizar o transporte de passageiros, sem possibilidade de recurso. Procurada pela reportagem da Gazeta, a Voepass não se manifestou sobre a cassação de seu certificado de operação até a publicação deste texto.

Anteriormente, a cassação já havia sido determinada, e a Voepass recorreu em primeira instância. Na reunião da diretoria da Anac realizada nesta terça-feira (24/6), o advogado da companhia, Gustavo Albuquerque, disse que a cassação representa, segundo ele, uma espécie de “pena perpétua” para a empresa.

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Falhas nas aeronaves

O diretor da Anac e relator do processo, Luiz Ricardo Nascimento, destacou que, durante a operação assistida, a Anac identificou uma série de descumprimentos de procedimentos. Esse padrão de falhas era recorrente na empresa.

Nesse contexto, a Anac destacou que alguns serviços de manutenção em aeronaves de alta relevância, se não forem realizados de maneira adequada, podem gerar problemas graves, como falhas e defeitos.

A Anac apurou outras 20 inspeções realizadas anteriormente em sete aeronaves. Foi constatado que as tarefas de manutenção não foram executadas corretamente entre os dias 15 de agosto de 2024 e 11 de março de 2025, resultando em 2.687 voos.

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Segundo Nascimento, os voos foram realizados “com aviões em condições consideradas não aeronavegáveis”. A área técnica da Anac constatou uma relevante desorganização nos processos da empresa, entre eles, a sistemática de manutenção das aeronaves.

A cassação

Em dez meses, desde o desastre de Vinhedo, a Agência notou diversas irregularidades nas operações da Voepass.

A cassação do COA, neste momento, é resultado do processo sancionador conduzido após a suspensão cautelar.

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A Agência reforça o compromisso com a proteção dos passageiros e com a integridade da aviação civil brasileira.

Suspensão das atividades

Anac interrompeu os voos da Voepass em 11 de maio de 2025. A princípio, a suspensão veio de maneira cautelar.

Quando a Anac suspendeu as operações da Voepass, notificou a Latam para atender aos clientes afetados pela decisão.

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