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Cotidiano

'Volume morto' volta a ameaçar São Paulo em crise hídrica

Nível das represas está em 28,7% da capacidade total, o menor patamar desde as crises de 2014 e 2015

Monise Souza

25/10/2025 às 18:34

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Foi autorizada a redução do volume autorizado de retirada do Sistema Cantareira

Foi autorizada a redução do volume autorizado de retirada do Sistema Cantareira | Reprodução/Governo de SP

Com chuvas abaixo da média em São Paulo, o governo, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, anunciou nesta sexta-feira (24/10) um plano de contingência para o abastecimento de água diante do risco de uma nova crise hídrica na Grande São Paulo.

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No plano, o uso do chamado "volume morto", reserva técnica localizada abaixo do ponto de captação normal dos reservatórios, foi acionado.

Atualmente, o nível das represas está em 28,7% da capacidade total, o menor patamar desde as crises de 2014 e 2015. A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e a SP Águas anunciaram em agosto a redução do volume autorizado de retirada do Sistema Cantareira.

Volume morto

O termo "volume morto" ganhou fama em 2014 e 2015, quando São Paulo enfrentou uma das crises mais graves.

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A reserva, estimada em cerca de 480 bilhões de litros, fica abaixo das estruturas normais de operação e só pode ser bombeada em situações emergenciais.

Embora garanta abastecimento temporário, o uso dessa água compromete a qualidade do recurso e indica que o sistema chegou ao limite de sua capacidade.

Plano de contingência

O plano prevê diminuir a pressão da água nos canos por até 16 horas, usar o volume morto das represas e, em caso mais grave, adotar rodízio no abastecimento para evitar falta de água.

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Também foram criadas sete faixas de operação da distribuição da água, que representam etapas graduais de criticidade e orientam quais medidas de contingência serão adotadas em cada cenário. Confira as faixas:

  • Faixa 1 (abaixo de 43,8%): Início das ações de revisão das transposições de bacia e reforço das campanhas de uso consciente da água;
  • Faixa 2 (abaixo de 37,8%): Diminuição da pressão na rede de abastecimento por 8 horas noturnas;
  • Faixa 3 (abaixo de 31,8%): Redução de pressão por 10 horas e economia de 8 mil litros por segundo;
  • Faixa 4 (abaixo de 25,8%): Pressão limitada na tubulação por 12 horas;
  • Faixa 5 (abaixo de 19,8%): Restrições mais intensas, com 14 horas de contenção no sistema;
  • Faixa 6 (abaixo de 9,8%): Contenção ampliada para 16 horas noturnas, com início da instalação de bombas para captar o volume morto e ligações emergenciais em locais essenciais, como hospitais, clínicas de hemodiálise, presídios e postos de bombeiros;
  • Faixa 7 (nível zero): Implantação do rodízio no abastecimento, com alternância diária entre as áreas que terão e as que não terão água.

Segundo o governo, as restrições só começam após sete dias seguidos com os reservatórios no mesmo nível. Elas são suspensas após 14 dias consecutivos de melhora no volume de água.

A Grande São Paulo está, atualmente, na faixa 3, com redução da pressão de água por 10 horas.

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O rodízio ou o racionamento de água, medida mais extrema, só poderá ser adotado com a autorização do Conselho Diretor da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp).

Prioridade de abastecimento

Quando alguma das faixas de restrição estiver em vigor, o abastecimento será priorizado para serviços essenciais e domicílios em situação de vulnerabilidade social. Entre os locais que terão fornecimento garantido estão:

  • Beneficiários de tarifa social
  • Hospitais
  • Unidades de Pronto Atendimento
  • Escolas
  • Abrigos
  • Instituições de longa permanência
  • Corpo de Bombeiros
  • Defesa Civil
  • Delegacias de polícia
  • Unidades prisionais
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