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Cotidiano

'Vou encher sua cara de tiro': Vídeo mostra Delegado Da Cunha ameaçando ex-mulher

Deputado federal virou réu em outubro assado numa ação por violência contra Betina; vídeo foi revelado pelo Fantástico neste domingo

Monise Souza

18/03/2024 às 12:00

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 Carlos Alberto da Cunha (PP-SP), conhecido como Delegado da Cunha, acusado das agressões

Carlos Alberto da Cunha (PP-SP), conhecido como Delegado da Cunha, acusado das agressões | Divulgação/Câmara dos Deputados

Na noite de domingo (17) foi exibido no Fantástico, da TV Globo, um vídeo gravado por Betina Grusiecki, ex-companheira de deputado Carlos Alberto da Cunha (PP-SP), conhecido como Delegado da Cunha, sendo insultada e ameaçada pelo ex-marido. Nas imagens é possível ouvir o parlamentar dizendo que poderia matar a mulher.

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Segundo Betina, o deputado voltou para casa alcoolizado, após passar o sábado, 14 de outubro do ano passado, com os filhos. A maior parte do vídeo só possui áudio. Em alguns momentos, dá para ver de relance o rosto de Betina e do parlamentar.

Da Cunha: “Vai correndo para casa da mamãezinha”
Betina: “Não. Não vou para casa da mamãe”
Da Cunha: “Pode parar. Pode parar, senão vou te matar aqui”
Betina: “Vai me matar?”
Da Cunha: "Matar"
Betina: “Ah, então mata”.

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É possível ouvir a respiração ofegante de Betina. Logo depois, ele xinga a ex-companheira e ameaça atirar contra ela. “Sua vaca, vou encher sua cara de tiro”, diz Da Cunha.

Betina grita: “Me solta. Chama a polícia. Chama a polícia! Sai”.

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Ainda é possível ouvir o som de batidas seguidas, que, segundo ela, confirmaria o relato de que Da Cunha teria batido sua cabeça repetidamente contra a parede. Um laudo produzido pelo Instituto Medico Legal (IML) confirmou os arranhões no couro cabeludo e lesões corporais leves na mulher.

Agressões e ameaças denunciadas

Esta não seria a primeira vez que ela relata agressões. O delegado virou réu em outubro do ano passado, numa ação por violência contra Betina. A ex-companheira afirma que o deputado bateu em sua cabeça e tentou enforcá-la.

O deputado nega os episódios de violência e alega que o vídeo divulgado pelo programa não foi verificado. Ele tentou dar razões psicológicas e espirituais para o que aconteceu, quando questionado pela Justiça.

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A última agressão teria acontecido no apartamento em que o casal vivia, em Santos, em outubro de 2023. Nesse dia, Betina disse que foi agredida verbalmente pelo delegado.

Medidas tomadas pela Justiça

Após as agressões de Da Cunha, a ex-companheira teria batido nele com um secador. Ele chegou a registrar um boletim de ocorrência pela agressão. O Ministério Público apontou legítima defesa da mulher no caso.

A mãe de Betina contou que o deputado ligava para ela a fim de propor um acordo. A Justiça concedeu medidas protetivas a Betina e aos pais dela e determinou que o parlamentar entregasse suas armas.

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De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o delegado Da Cunha está afastado e não exerce atividade parlamentar. Além disso, responde a cinco procedimentos na Corregedoria, ainda sem decisão definitiva.

A acusação de violência doméstica ainda vai a julgamento.

*Texto sob supervisão de Bruno Hoffmann

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