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Nos comentários nas redes sociais, diversos moradores demonstraram preocupação com o fenômeno | Marcio Ribeiro/DL
A água do mar de Praia Grande, no litoral paulista, recuou tanto que parte da população acordou assustada. Entenda porque o fenômeno preocupa, como ele ocorre e porque ele desperta medo.
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Nas imagens publicadas no Instagram, é possível perceber o baixo nível do mar na faixa de areia da cidade. Veja no vídeo a seguir:
Nas redes sociais, alguns locais demonstraram preocupação com o fenômeno. "O medo que tenho do mar recuado", publicou um munícipe.
Outro internauta citou outros fenômenos que atingiram a região: "Temporal, enchente, ressaca e agora isso? Eu em!", relatou.
Quem já caminhou na praia em um dia de maré baixa pode se assustar ao ver a faixa de areia aumentar de forma repentina. Essa cena gera dúvidas: será apenas um fenômeno natural ou pode ser sinal de tsunami?
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A resposta está nas forças que controlam o movimento das águas no planeta. Segundo cientistas, a gravidade da Lua e do Sol são os principais fatores que explicam o vai e vem do mar.
Quando a maré recua muito, a impressão é de que a água desapareceu. Mas ela não some. Na verdade, a água vai para algum outro lugar do planeta em que ela esteja alta. A quantidade de água nos oceanos permanece constante.
Veja neste site a tábua de marés em São Paulo.
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A gravidade da Lua é a principal responsável por puxar a água do oceano, criando áreas de maré alta e baixa ao redor do globo. O Sol também participa desse processo, reforçando ou suavizando o efeito lunar dependendo da posição dos astros.
É por isso que, enquanto em uma região do mundo a maré está alta, em outra ela está baixa. O movimento é constante e sincronizado, como se fosse uma dança cósmica que redistribui a água de acordo com a rotação da Terra.
Em algumas praias, o formato da costa e a profundidade do mar fazem com que a faixa de areia exposta seja ainda maior. Quando a maré baixa é acentuada, o recuo da água pode dar a impressão de que o oceano desapareceu.
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Esse efeito é mais visível em locais onde o desnível entre maré alta e baixa é intenso. Nessas regiões, caminhar pela areia descoberta pode parecer surpreendente, mas é apenas um reflexo natural do ciclo das marés.
A dúvida de muitos turistas é se o recuo repentino do mar pode estar ligado a tsunamis. De fato, em situações de tsunami, o mar costuma recuar antes da chegada da onda gigante. Porém, a maioria das marés baixas não tem relação com esse risco.
A diferença está na velocidade e no contexto. As marés seguem ciclos previsíveis e acontecem de forma gradual, ligadas à atração gravitacional da Lua e do Sol. Já o recuo de um tsunami é abrupto, inesperado e seguido por ondas destrutivas.
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Se a água recua lentamente, em horários que se repetem diariamente, trata-se da maré comum. Mas se o mar se afasta de repente em momentos fora do padrão, sem aviso prévio, isso pode indicar perigo e exige atenção imediata.
Por isso, especialistas alertam que observar o comportamento do mar é essencial. Em áreas sujeitas a tsunamis, autoridades locais sempre recomendam evacuar rapidamente se notar um recuo brusco e anormal da água.
A melhor forma de visualizar o fenômeno seria imaginar a Terra como um frango girando no forno da padaria e a Lua como o vira-lata caramelo olhando do lado de fora.
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Assim como o frango mostra lados diferentes ao cão, o planeta expõe áreas diferentes ao satélite, gerando marés alternadas.
No fim, a maré baixa pode surpreender com uma imensa faixa de areia, mas na maioria das vezes não significa perigo. É apenas a prova de que a Terra, a Lua e o Sol estão em constante interação, movendo oceanos em um espetáculo natural.
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