Banco Santos: leilão de obras de arte já soma R$ 20 milhões

O leilão do acervo de obras de artes, que pertenciam a Edemar Cid Ferreira, principal dirigente do antigo Banco Santos, ainda não terminou, mas até a última quinta-feira (24), com três dias de disputas, já somava a quantia de R$ 20 milhões, alcançando a expectativa inicial de arrecadação.

Do total de 1619 lotes disponíveis, entre esculturas, pinturas e fotografias, 453 foram arrematados nos três primeiros dias. No período, a obra mais disputada foi "Muro", de Cildo Meireles, que após 231 lances foi vendida por R$ 1,35 milhão. O valor supera em mais de 67 vezes o lance inicial, que era de R$ 20 mil.

Já a obra "The Foundling N#6", do norte-americano Frank Stella, um dos principais representantes do Minimalismo, foi a que arrecadou a maior quantia, R$ 4,2 milhões. A pintura de 16 metros de comprimento também era a que possuía o maior valor inicial: R$ 3 milhões.

O esboço do quadro "Operários", de Tarsila do Amaral, por sua vez, foi arrematado por R$ 1,2 milhão, enquanto a escultura "Primeiras Núpcias", de Tunga, foi vendida por R$ 1 milhão. Os lances mínimos dos dois lotes eram de R$ 32 mil e R$ 46 mil, respectivamente.

O leilão do acervo de Cid Ferreira acontece até o dia 02 de outubro. A organização é do leiloeiro James Lisboa. Os interessados em ofertar lances nos lotes que ainda estão disponíveis, a maior parte de fotografias, visto que boa parte das esculturas e pinturas foram disponibilizadas nos dois primeiros dias, devem se cadastrar na plataforma do leilão, que está no site www.leilaodearte.com.

Os recursos arrecadados devem ser utilizados para o pagamento de credores da massa falida do Banco Santos, que teve sua falência decretada em 2005, após sofrer intervenção do Banco Central por conta de uma dívida de mais de R$ 2 bilhões.