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Projeção para o Brasil supera as expectativas de instituições locais | Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O Banco Mundial projeta que a economia brasileira crescerá 2,4% em 2025, um desempenho superior à média esperada para a América Latina e o Caribe, estimada em 2,3%.
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A estimativa faz parte do novo relatório econômico para a região divulgado nesta terça-feira (7/10) e se mantém inalterada em relação ao levantamento anterior, publicado em junho.
A projeção para o Brasil supera as expectativas de instituições locais. O Boletim Focus, do Banco Central, aponta crescimento de 2,16% no próximo ano e de 1,8% em 2026.
Já o Relatório de Política Monetária do próprio BC é ainda mais cauteloso, com previsão de 2% para 2025 e somente 1,5% para 2026.
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Apesar disso, o Banco Mundial mantém um tom de alerta para os desafios enfrentados pelos países latino-americanos. A instituição destaca que a região continua com o ritmo de crescimento mais lento entre as economias globais e reforça a necessidade de reformas profundas para destravar o potencial de expansão.
“Os países da América Latina e do Caribe enfrentam um cenário interno limitado por baixos níveis de investimento, tanto público quanto privado, e uma persistente falta de espaço fiscal”, aponta o relatório.
Além disso, o documento observa que a política monetária restritiva, adotada para controlar a inflação, também tem funcionado como freio para o crescimento econômico.
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Segundo o Banco Mundial, o Brasil deverá manter um ritmo estável de crescimento nos próximos anos:
2025: 2,4%
2026: 2,2%
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2027: 2,3%
Esses índices estão acima da média regional e também das previsões do mercado doméstico. Já o Ministério da Fazenda tem estimativas próximas às do Banco Mundial: o Boletim MacroFiscal de setembro aponta alta de 2,3% em 2025 e 2,4% em 2026.
Em 2024, a economia brasileira apresentou crescimento de 3,4%, impulsionada principalmente pelo setor agropecuário, consumo interno e recuperação gradual do mercado de trabalho.
Para o Banco Mundial, a América Latina e o Caribe devem crescer 2,3% em 2025 e 2,5% em 2026, ritmo considerado insuficiente diante das necessidades sociais e de desenvolvimento da região.
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“Esses desafios apenas reforçam a relevância da agenda de reformas voltadas ao crescimento, necessárias nas áreas de infraestrutura, educação, regulação, concorrência e política tributária”, destaca o relatório.
A instituição recomenda ainda mudanças mais profundas: “Melhorar os sistemas educacionais em todos os níveis, fortalecer a qualidade das universidades e institutos de pesquisa, estreitar seus vínculos com o setor privado, além de aprofundar os mercados de capitais e facilitar a gestão do risco inerente aos processos de inovação e empreendedorismo”.
O crescimento da região é puxado por poucos países, com destaque para a Guiana, que deve crescer 11,8% em 2025, graças ao avanço do setor petrolífero na chamada Margem Equatorial. Para os anos seguintes, a expectativa é ainda mais expressiva: 22,4% em 2026 e 24% em 2027.
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A Argentina, por sua vez, também aparece com crescimento robusto, estimado em 4,6% para 2025 e 4% para 2026, embora em queda em relação ao relatório anterior. “A Argentina continua apresentando uma recuperação econômica notável após dois anos consecutivos de contração, embora desafios profundos ainda persistam”, afirma o Banco Mundial.
Na contramão, a Bolívia deve enfrentar três anos seguidos de retração econômica, com quedas no PIB de -0,5% (2025), -1,1% (2026) e -1,5% (2027), sinalizando uma deterioração preocupante do quadro fiscal e produtivo do país.
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