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Economia

Brasil fechará venda histórica de 6 milhões de barris para Índia

Acordo reforça cooperação energética e abre caminho para expansão do comércio bilateral entre Brasil e Índia

Maria Eduarda Guimarães

17/10/2025 às 19:00

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Além da venda de petróleo, Alckmin revelou que a estatal lançará 18 blocos offshore para exploração nas bacias de Santos e Campos em 2025

Além da venda de petróleo, Alckmin revelou que a estatal lançará 18 blocos offshore para exploração nas bacias de Santos e Campos em 2025 | Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em visita oficial a Nova Déli, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) anunciou nesta quinta-feira (16/10) que a Petrobras assinou contrato para o fornecimento de 6 milhões de barris de petróleo à Índia ao longo de um ano. O acordo integra uma agenda mais ampla de fortalecimento das relações comerciais e energéticas entre os dois países.

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Além da venda de petróleo, Alckmin revelou que a estatal lançará 18 blocos offshore para exploração nas bacias de Santos e Campos em 2025, número recorde, com expectativa de ampliação também em áreas terrestres.

O acordo ocorre em meio à pressão dos Estados Unidos sobre a Índia, que enfrenta tarifas de até 50% por comprar petróleo russo, fonte que ainda responde por mais de um terço do consumo energético indiano. A parceria com o Brasil surge como alternativa estratégica para diversificar fornecedores.

Expansão do comércio preferencial

Durante a missão, Brasil e Índia também definiram um cronograma para ampliar o Acordo de Comércio Preferencial Mercosul–Índia, atualmente restrito a cerca de 450 categorias de produtos com reduções tarifárias modestas de 10% a 20%.

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O objetivo é aumentar o número de produtos beneficiados e aprofundar as preferências comerciais, elevando o comércio bilateral para US$ 15 bilhões em 2025 e US$ 20 bilhões até 2026.

“Temos um acordo de preferência tarifária que cobre poucas linhas. Podemos ampliar e aprofundar para aumentar nossa competitividade”, afirmou Alckmin.

Para Ana Repezza, diretora da ApexBrasil, a revisão do tratado é prioridade estratégica, sobretudo após as recentes tensões internacionais.

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Cooperação setorial e facilitação de negócios

A delegação brasileira inclui representantes de 20 setores, como agronegócio, tecnologia, energia e saúde. As discussões abrangem redução de tarifas, acesso ao mercado indiano, facilitação de vistos eletrônicos para empresários e parcerias farmacêuticas.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, chega a Nova Déli nesta sexta-feira (17/10) para aprofundar negociações na área.

As iniciativas refletem a aproximação crescente entre Brasil e Índia em um contexto de reconfiguração geopolítica global, com ambos os países buscando ampliar sua participação no comércio internacional e fortalecer sua influência no Sul Global.

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