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Economia

Federação pede boicote ao iFood e acusa app de destruir lucros dos restaurantes em SP

Segundo Fhoresp, empresa pratica taxas exorbitantes e não tem critério seguro para credenciamento

Bruno Hoffmann

12/05/2025 às 16:30  atualizado em 12/05/2025 às 16:38

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Por meio de nota, iFood disse defender o livre mercado e a livre concorrência

Por meio de nota, iFood disse defender o livre mercado e a livre concorrência | Fernando Frazão/Agência Brasil

A Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) iniciou uma campanha para o setor abandonar o iFood e usar outros aplicativos do tipo. A alegação é que a empresa pratica taxas exorbitantes e não tem critério seguro para o credenciamento dos restaurantes.

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Com mais de 90% do mercado de entrega por aplicativos, segundo a Fhoresp, o iFood prejudicaria o segmento e os empresários deveriam ir para concorrentes, como a Rappi.

Em nota enviada à Gazeta, o iFood disse defender o livre mercado e a livre concorrência. A empresa também afirmou que se mantém focada em reforçar o compromisso de longo prazo “com o crescimento sustentável de todo o ecossistema, oferecendo a melhor experiência para restaurantes, entregadores e consumidores”.

O aplicativo também garantiu que a afirmação de que detém mais de 90% do mercado não é verdadeira. No entanto, não há dados públicos disponíveis que confirmem ou refutem essa porcentagem.

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Na última semana, segundo a entidade que representa mais de 500 mil estabelecimentos paulistas, a Rappi anunciou isenção de tarifa para novos e os atuais parceiros pelos próximos três anos.

Na disputa do mercado de entregas, a 99Food anunciou, em abril, seu retorno ao mercado on-line, com direito à estratégia parecida com a da Rappi. A isenção, neste caso, para cadastrados, vale por dois anos.

Até então, conforme a Fhoresp, os restaurantes se viam obrigados a aumentar o valor no cardápio para cobrir as taxas, que variam de 18% a 32%.

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“Tentamos, ao longo dos últimos anos, negociar, de todas as formas, com o iFood. Porém, ele é inflexível. As taxas excessivas que pratica, inclusive, fazem com que, praticamente, os restaurantes trabalhem para ela”, disse Edson Pinto, diretor-executivo da federação.

“O monopólio não fez bem ao ifood, que estabeleceu uma relação predatória e de dominância com os parceiros”, completou.

'Risco à saúde pública'

O representante da Fhoresp também criticou como o iFood cadastra os estabelecimentos, já que a plataforma não exigiria documentação aos órgãos de controle.

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“Para se ter uma ideia, a Fhoresp pediu ao iFood a obrigatoriedade de alvará de funcionamento do estabelecimento ou o expedido pela Vigilância Sanitária como condição para atuar na plataforma. Contudo, foi negado. Isso é um risco à saúde pública”, alertou o diretor.

“Sem o monopólio, temos, hoje, um cenário que possibilita ao empresário da Refeição Fora do Lar migrar para plataformas que permitam obter um lucro que dê sustento ao próprio negócio, não ficando à mercê de uma só plataforma, que tem arrasado todo o setor”, completou Edson.

Recentemente, a Fhoresp apoiou o movimento grevista de motoboy contra o iFood. A categoria realizou paralisação nacional em 31 de março por melhores condições de trabalho e o aumento na remuneração das entregas.

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Outro lado

Em nota, o iFood disse defender o livre mercado e a livre concorrência. A empresa também afirmou que segue focada em reforçar o compromisso de longo prazo “com o crescimento sustentável de todo o ecossistema, oferecendo a melhor experiência para restaurantes, entregadores e consumidores”.

Leia a nota na íntegra:

“O iFood defende o livre mercado e a livre concorrência. Seguimos focados em reforçar nosso compromisso de longo prazo com o crescimento sustentável de todo o ecossistema, oferecendo a melhor experiência para restaurantes, entregadores e consumidores, sempre inovando e investindo no país. Estamos comprometidos em potencializar o sucesso dos parceiros, otimizando e impulsionando cada estabelecimento cadastrado em nossa plataforma e garantindo um atendimento de qualidade.

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O iFood reforça que a afirmação de que detém mais de 90% do mercado não é verdadeira. Somos uma empresa brasileira que se adaptou ao longo dos últimos 15 anos a competidores regionais e internacionais. O mercado de delivery já é altamente competitivo e pulverizado. Cerca de 65% dos pedidos de delivery no Brasil ainda acontecem pelo WhatsApp, telefone e aplicativos próprios dos restaurantes.

Ao vender pelo iFood, os mais de 400 mil estabelecimentos parceiros recebem a experiência de pagamento online; prevenção de fraudes e estorno; informações estratégicas para os restaurantes, como os horários e bairros mais rentáveis; possibilidade de disponibilizar diversas formas de pagamento; informações sobre e diferentes comportamentos de consumo de seus clientes e, sobretudo, marketing, ajudando os pequenos empreendedores a expandirem sua marca, levando visibilidade para além de seus bairros, com redes sociais, canais de TV, outdoors e rádio – expandindo o alcance para até 10 km de distância do seu ponto. 

Hoje, o iFood é uma referência de tecnologia da América Latina e apoia o mercado competitivo em prol do amadurecimento do delivery no País. Valorizamos o impacto positivo que podemos gerar e sabemos da nossa responsabilidade de colaborar para o desenvolvimento de todos os agentes do setor: entregadores, lojistas, parceiros e consumidores. O ecossistema do iFood gera mais de 900 mil postos de trabalho diretos e indiretos em todas as regiões do Brasil. Reforçamos o nosso compromisso com a produtividade dos restaurantes, o alcance ao cliente final e o desenvolvimento do mercado de delivery no Brasil.”

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