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Gestora de previdência assume R$ 4 bi da Volkswagen e reforça expansão no setor

Migração operacional do plano da Volkswagen está prevista para ocorrer em meados de 2026

Hebert Dabanovich

11/11/2025 às 14:30

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Vivest passa a somar cerca de R$ 45 bilhões sob gestão e a administrar 25 planos de previdência de 16 empresas patrocinadoras

Vivest passa a somar cerca de R$ 45 bilhões sob gestão e a administrar 25 planos de previdência de 16 empresas patrocinadoras | Melvin/Unsplash

A Vivest passará a administrar cerca de R$ 4 bilhões em recursos do plano de previdência da Volkswagen, que reúne aproximadamente 18 mil participantes.

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Segundo a entidade, essa operação representa a maior transferência de gestão já realizada entre entidades fechadas de previdência complementar no Brasil.

Com a incorporação, a Vivest soma cerca de R$ 45 bilhões sob gestão e administra 25 planos de previdência de 16 empresas patrocinadoras.

A migração operacional do plano da Volkswagen está prevista para ocorrer em meados de 2026, segundo a Vivest. A entrada do novo plano traz um perfil mais jovem, em sua maioria ainda em atividade profissional.

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Esse movimento amplia a base de contribuintes e equilibra a faixa etária dos planos administrados pela Vivest, que hoje é composta majoritariamente por aposentados de patrocinadoras fundadoras.

Do ponto de vista econômico, o ganho de escala amplia a eficiência da operação. A Vivest atua com taxas de administração menores e compartilha estruturas administrativas com a área de saúde da própria entidade, o que permite diluir custos fixos e manter um modelo técnico consolidado nas áreas jurídica, atuarial, de seguridade e de atendimento.

A estratégia de incorporar planos e fundações de previdência faz parte da política de expansão e diversificação iniciada pela Vivest em 2019.

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Desde então, a entidade assumiu a gestão de planos de empresas como Ford, Roche e da AbrappPrev, fundo ligado à Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), e tem em andamento a transferência do plano da Alpargatas, prevista também para 2026.

De acordo com Walter Mendes, presidente da Vivest, cada incorporação passa por processos de due diligence e resulta em ajustes internos.

Um dos exemplos foi a reorganização da área de seguridade, que passou a operar em “células” dedicadas a cada patrocinadora, centralizando o atendimento e adequando os serviços às particularidades de cada cliente.

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Com essas mudanças, a Vivest também estruturou sua área comercial, considerada por Mendes como o principal desafio para competir com planos abertos de bancos.

“Nunca tivemos que vender o produto, porque ele era da casa. Mas, ao incorporar novos planos e atender novas demandas, desenvolvemos a área comercial e aprendemos a atuar nesse mercado”, afirmou.

Atualmente, a área comercial conta com rotinas de pós-venda e comitês gestores formados por representantes das empresas, participantes ativos e aposentados.

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Esses grupos deliberam sobre regulamentos e políticas de investimento, com apoio das equipes técnicas. O modelo busca manter a autonomia dos planos e a padronização de processos, mesmo com o aumento de escala.

A Vivest também passou a atuar de forma mais estruturada em novos produtos. O Plano Família, por exemplo, já reúne cerca de R$ 250 milhões em patrimônio e é ofertado a familiares de participantes, como filhos, netos e pais.

A portabilidade de recursos, tanto de planos PGBL abertos quanto de outras entidades fechadas, tornou-se uma das principais formas de captação da instituição.

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A entidade pretende incorporar novos planos com patrimônio entre R$ 400 milhões e R$ 3 bilhões. Segundo dados da Abrapp, mais de 100 entidades no país se enquadram nesse perfil, em um universo de 225.

“Estamos em conversas com outras instituições e avaliando novas oportunidades. O setor ainda é fragmentado e o aumento das exigências regulatórias torna a consolidação e o ganho de escala cada vez mais relevantes”, destacou Mendes.

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