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Trabalhadores por app sobem 25% e chegam a 1,7 milhão, diz IBGE

Levantamento revela alta informalidade e predominância de homens jovens entre os trabalhadores por plataformas digitais

Maria Eduarda Guimarães

17/10/2025 às 16:30  atualizado em 17/10/2025 às 17:52

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Total de trabalhadores 'plataformizados' saltou de 1,3 milhão para 1,7 milhão no período, um acréscimo de 335 mil pessoas

Total de trabalhadores 'plataformizados' saltou de 1,3 milhão para 1,7 milhão no período, um acréscimo de 335 mil pessoas | Danilo Alves/Unsplash

O número de pessoas que têm nos aplicativos sua principal forma de trabalho aumentou 25,4% entre 2022 e 2024, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (17/10) pelo IBGE. O total de trabalhadores “plataformizados” saltou de 1,3 milhão para 1,7 milhão no período, um acréscimo de 335 mil pessoas.

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A proporção desses trabalhadores em relação à população ocupada também cresceu: passou de 1,5% em 2022 para 1,9% em 2024, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). A pesquisa foi realizada no terceiro trimestre de 2024, em parceria com a Unicamp e o Ministério Público do Trabalho (MPT).

Perfil: maioria homens, jovens e com ensino médio

O levantamento mostra que os trabalhadores por app são majoritariamente homens (83,9%), com idade entre 25 e 39 anos (47,3%) e ensino médio completo ou superior incompleto (59,3%). Mulheres representam apenas 16,1% do grupo, bem abaixo da média feminina entre os ocupados em geral (41,2%).

Aplicativos de transporte dominam

Entre as plataformas analisadas, os aplicativos de transporte particular lideram a ocupação, concentrando 53,1% dos trabalhadores. Em seguida aparecem os apps de entrega de comida e produtos (29,3%), prestação de serviços profissionais (17,8%) e táxis (13,8%).

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A maioria (72,1%) exerce funções ligadas à operação de máquinas e veículos, categoria que inclui motoristas e motociclistas.

Alta informalidade e predominância de autônomos

O estudo aponta também um alto índice de informalidade entre os trabalhadores por aplicativos: 71,1%, frente aos 44,3% da população ocupada em geral. Cerca de 86,1% atuam por conta própria, enquanto apenas 3,2% têm carteira assinada.

A proporção de autônomos entre os plataformizados é três vezes maior que a média da população ocupada.

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Sudeste concentra mais da metade dos trabalhadores

A região Sudeste concentra 53,7% dos trabalhadores por aplicativo no Brasil, sendo a única onde essa forma de ocupação supera a média nacional (2,2%). As demais regiões registraram as seguintes participações: Nordeste (17,7%), Sul (12,1%), Centro-Oeste (9%) e Norte (7,5%).

Debate sobre vínculo no STF

O crescimento da categoria ocorre em meio a um debate jurídico sobre a relação entre plataformas e trabalhadores. O Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar ainda neste ano se há ou não vínculo empregatício entre motoristas e empresas de aplicativo. A Procuradoria-Geral da República já se posicionou contra o reconhecimento de vínculo.

Trabalhadores afirmam enfrentar precarização, enquanto as empresas negam responsabilidades trabalhistas, alegando que os motoristas atuam de forma independente.

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Metodologia e recorte

O IBGE considerou apenas pessoas que têm os aplicativos como principal forma de intermediação de trabalho, quem atua eventualmente ou para complementar a renda não foi incluído. A pesquisa é considerada experimental e, segundo o instituto, deve ser expandida em 2025 para incluir plataformas de comércio eletrônico.

 

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